Trump invoca 5ª emenda e se nega a responder perguntas em caso de fraude

Ex-presidente rejeitou responder a perguntas da procuradora do estado de Nova York em uma investigação sobre fraude nos negócios de sua família

Por Agência Estado

Former US President Donald Trump waves while walking to a vehicle outside of Trump Tower in New York City on August 10, 2022. - Donald Trump on Wednesday declined to answer questions under oath in New York over alleged fraud at his family business, as legal pressures pile up for the former president whose house was raided by the FBI just two days ago. (Photo by STRINGER / AFP)
O ex-presidente dos EUA Donald Trump usou a 5ª Emenda da Constituição, que diz que todo cidadão tem o direito de não produzir provas contra si mesmo, e rejeitou responder a perguntas da procuradora do estado de Nova York em uma investigação sobre fraude nos negócios de sua família.
A decisão foi surpreendente, considerando o estágio da investigação. Em comunicado divulgado logo após o início do interrogatório, Trump disse que invocaria a 5ª Emenda contra a autoincriminação. "Quando sua família, sua empresa e todos ao seu redor se tornam alvo de uma caça às bruxas infundada e politicamente motivada, apoiada por advogados, promotores e falsos jornalistas, você não tem outra escolha", afirmou.
Mais cedo, Trump havia confirmado, por meio de suas redes sociais, que estava no escritório da procuradora-geral de Nova York, Letitia James. O ex-presidente foi à sua plataforma Truth Social para lançar uma enxurrada de ataques à procuradora, descrevendo-a como uma "racista" que está "tentando "pegá-lo" por meio de uma ação legal destinada a derrubá-lo politicamente.
A procuradoria de Nova York suspeita que a Organização Trump tenha superestimado de forma fraudulenta valores de imóveis ao solicitar empréstimos bancários, ao mesmo tempo que baixava o valor declarado às autoridades fiscais para pagar menos impostos.

Filhos de Trump

Trump e seus filhos mais velhos, Donald Jr. e Ivanka, deveriam testemunhar sob juramento em julho, mas os depoimentos foram adiados em razão da morte de sua mãe, Ivana, a primeira mulher do ex-presidente. A família Trump nega qualquer conduta ilegal.
A investigação é civil e, portanto, se a procuradora encontrar indícios de fraude, pode condenar a Organização Trump por danos e prejuízos, mas não deve apresentar um indiciamento criminal.
A investigação é mais uma que ameaça uma eventual candidatura de Trump à presidência em 2024. Na segunda-feira (8), a residência dele na Flórida foi revistada por agentes do FBI, como parte de uma investigação para determina se documentos confidenciais foram levados ilegalmente após ele deixar a Casa Branca.