Casos de ebola na Libéria estão diminuindo

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Os novos casos de ebola na Libéria estão diminuindo, informou ontem a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número de pacientes nos centros de tratamento e de funerais de vítimas da doença caíram. De acordo com Bruce Aylward, assistente de direção-geral da OMS, há uma redução de 25% a cada semana no país.
“A epidemia (na Libéria) pode estar desacelerando”, afirmou Aylward por telefone durante uma conferência em Genebra. A redução é atribuída ao maior número de funerais seguros das vítimas, ao aumento de pessoas sendo isoladas e a grandes campanhas de como conter a transmissão do vírus. A OMS alertou, contudo, que a epidemia está longe do fim.
Até o momento, mais de 13.700 pessoas foram contaminadas, sendo a maioria dos casos na Libéria, Guiné e Serra Leoa. Só na Libéria, o vírus atingiu mais de 6.300 pessoas.
A Cruz Vermelha no país afirmou na terça-feira que retirou 117 corpos na última semana do condado que incluiu a capital, Monróvia. O governo local informou também na semana passada que apenas cerca de metade dos leitos disponíveis em centros de tratamento estava ocupado.
Nos Estados Unidos, por preocupação das famílias de militares e das comunidades a que os soldados que trabalham no Oeste África fazem parte, o secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, aprovou ontem uma recomendação para que todas as tropas dos EUA sejam submetidas a um período de quarentena. O isolamento previsto é de 21 dias – tempo máximo de incubação do vírus ebola.
Hagel afirmou que agiu em resposta à recomendação enviada pelo general do Exército Martin Dempsey, em nome dos chefes de cada um dos serviços militares. Pouco mais de mil soldados norte-americanos estão na Libéria e no Senegal dando suporte no combate à doença.
O secretário de Defesa também solicitou aos líderes militares que detalhem um plano para a supervisão em isolamento em até 15 dias. Eles também deverão conduzir uma revisão da estratégia após 45 dias. “Essa análise nos oferecerá uma recomendação sobre continuar ou não com o monitoramento controlado com base no que aprendemos e observamos dos primeiros grupos retornando da operação”, explicou um porta-voz de Hagel.
A proposta vem na esteira de precauções tomadas pelo governo Barack Obama para civis. Ainda assim, o presidente ressalta acreditar que a situação dos militares é bastante diferente, já que não estão no Oeste da África por escolha própria, como voluntários.