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Veja quais são pontos próprios para banho na Orla do Guaíba em Porto Alegre
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) realizou nesta terça-feira (12) a divulgação semanal do relatório de balneabilidade das praias da Orla do Guaíba, nos bairros Belém Novo e Lami.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) realizou nesta terça-feira (12) a divulgação semanal do relatório de balneabilidade das praias da Orla do Guaíba, nos bairros Belém Novo e Lami. Do total dos seis postos de coleta nos dois locais, quatro foram considerados propícios à banho, e dois não são recomendados, podendo apresentar riscos à saúde.
Coletando amostras em cinco pontos, de 1 de novembro a 6 de dezembro, o relatório mostrou que, em Belém Novo, são próprios para banho os postos da praça José Comunal, em frente à garagem da empresa de ônibus, e da avenida Pinheiro Machado, em frente à praça do Veludo. O posto da praia do Leblon, na avenida Beira Rio, em frente à rua Antônio da Silva Só é impróprio para banho e suas águas não devem ser frequentadas.
Já no bairro Lami, pode-se tomar banho no acesso pela rua Luiz Vieira Bernardes, nas imediações da segunda guarita de salva-vidas, e na avenida Beira Rio, em frente ao nº 510. No posto de coleta acesso pela rua Luiz Vieira Bernardes, em frente à primeira guarita de salva-vidas foi classificado como impróprio e também deve ser evitado para banho.
Como explica Joicineli Becker, diretora de Tratamento e Meio Ambiente do Dmae, as coletas consideram as últimas cinco semanas, e são realizadas nas áreas historicamente mais frequentadas. Segundo ela, vão continuar a ser emitidos relatórios semanais no período de novembro até meados de março, devendo-se evitar áreas em que não foram realizadas análises ou foram consideradas impróprias.
Perigos à saúde
A diretora explica que esses pontos, abordados no relatório, “são pontos já consagrados, onde o pessoal eventualmente procura para tomar banho, fazer esporte”. Segundo ela, não é recomendado o banho em regiões não monitoradas pelo órgão, “Inclusive tem outros pontos que as pessoas muitas vezes frequentam, que não tem condições de segurança, pela própria característica do lago”, ressalta.
A profissional explica que toda região não monitorada possui chance de contaminação, seja por esgoto cloacal, seja por algum outro tipo de contaminante, podendo gerar casos de diarreia e de outras doenças que podem ser, eventualmente, disseminadas pela água. O mesmo risco aplica-se às regiões que o órgão considerou como impróprias para banho.
Ainda, o período de chuvas que acometeu o Rio Grande do Sul é um ponto agravante para a situação, pelo material que foi lavado, e posteriormente carregado ao Guaíba. “Qualquer ponto que as pessoas tomem banho, acessem e não tiverem nenhum tipo de monitoramento, não são seguros”, complementa.
Já para definir se algum ponto é, ou não, seguro para tomar banho, Joicineli explica que são utilizados os limites de indicadores estabelecidos pela Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), que limita os indicadores que tornam, ou não, um corpo hídrico próprio para banho. Assim, analisa-se a presença de coliformes e o PH da água onde foi coletado a amostra.
O Dmae aponta que a melhoraria da qualidade do corpo hídrico do Guaíba como um todo é uma questão intermunicipal, que abarca o lago ao longo de sua extensão e período do ano, e não somente no verão. Portanto, envolve melhorias em todos municípios que possuem rios afluentes à ele. Segundo Joicineli, esses municípios devem investir em programas de ligação, expansão e tratamento do esgoto, “para que o Guaíba também tenha uma melhora geral, aumentando, sim, a condição de banho em mais pontos”, reitera.