Maratona de Porto Alegre impacta economia da cidade

Queniano e brasileira vencem prova principal; durante os dois dias, mais de 16 mil atletas participaram da competição

Por Maria Amélia Vargas

Atividades no sábado e domingo atraíram corredores de elite, atletas de fim de semana e populares
A lua cheia ainda podia ser vista no céu na orla do Guaíba, às 7h deste domingo, quando os mais de 6 mil participantes da 38ª edição da Maratona Internacional de Porto Alegre davam a largada rumo ao desafio dos 42 km da competição.
De acordo com a organização, o evento organizado pelo Clube dos Corredores de Porto Alegre (Corpa) gerou uma movimentação de R$ 23 milhões para a economia da cidade, com a presença de 16 mil atletas vindos de 16 países e das mais diversas localidades do Brasil.
Após duas horas e 15 minutos de prova, cruzaram a linha dois primeiros colocados no masculino, os quenianos Vestus Chemjor e Collins Kimosop, com o brasileiro Gilmar Silvestre Lopes em terceiro. No pódio feminino, a vencedora foi a brasileira Marlei Eunice Willers, seguida de Vivian Jeftanui Kiplagati (Quênia) e de Jessica Amanda Pereira (Brasil).
Em meio à elite do segmento, havia também aqueles que corriam em prol de uma causa. Vestidos de palhaços, Uglacir Rodrigues e Julio César Becker entraram na competição para representar os voluntários do grupo Doutores SóRiso. "Nós trabalhamos dentro dos hospitais de Santa Cruz do Sul. Mas estamos levando a sério, queremos concluir a prova", afirmou Rodrigues.
Com diagnóstico de esclerose múltipla, o servidor público Gildo Afonso se desafiou na categoria especial. "Juntamos cinco pessoas de diversas partes do País em um projeto chamado 'Cinco por 50 mil', que é o número de cidadãos com esta doença no Brasil, para a conscientização do tema".
Do lado de fora das grades de contenção, o clima ameno para a época - os termômetros marcavam 13°C - atraiu mais de 20 mil pessoas para as cercanias da avenida Diário de Notícias. Entre elas, Grabriela Nunes Rosa, que foi acompanhar o marido, Alex Pirata, portador de deficiência visual. "Só o amor para fazer a gente acordar às 4h de domingo", brincou.
Mais de 300 agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) garantiram a segurança viária e a orientação do trânsito ao longo da orla, de parte da Zona Sul, passando também pelo Centro Histórico. O efetivo também foi responsável pela organização das ruas que compuseram a meia-maratona e a rústica, com 7 km, realizada no sábado.