Terminais precários prejudicam rotina de usuários de ônibus em Porto Alegre

Desde 2022, a prefeitura está revitalizando terminais na Capital; quatro de um total de oito já foram entregues à população

Por Bárbara Lima

Terminal da Protásio Alves com a Carlos Gomes.
Os terminais de ônibus de Porto Alegre estão passando por um processo de revitalização desde o ano passado, quando a prefeitura contratou uma empresa para a realização de obras em oito estações importantes da Capital. Desde então, quatro delas já foram entregues à população: Princesa Isabel, Antônio de Carvalho, Nilo Wulff e Jayme Caetano Braun. Apesar disso, naqueles pontos de ônibus em que as reformas ainda não foram realizadas, como o Terminal Mendes Ribeiro, que liga a Protásio Alves a Carlos Gomes, e o José Eduardo Utzig, que conecta a Benjamin Constant à Terceira Perimetral, os usuários reclamam de insegurança, falta de iluminação, mau odor e dificuldade de acesso. 
No Princesa Isabel, na zona Central da cidade, revitalizado em outubro de 2022, a comerciante Raquel Rodrigues afirma que o ambiente está mais agradável, mas aponta que as luzes não acendem no momento certo e que os usuários frequentes já notificaram a prefeitura. "Estão um pouco desreguladas. Às vezes, já está escurecendo e não acendem. Poderiam acender mais cedo", sugere. A prefeitura informa, entretanto, que não recebeu nenhum tipo de relato sobre o assunto e reforça que o canal oficial de atendimento ao cidadão deve se dar via 156 ou 118
Já a aposentada Angela Maria Avila, que mora ao lado do terminal, destaca que o local continua inseguro, com muitas pessoas utilizando drogas no local, e assaltos frequentes. "Quando eu pegava ônibus aqui todos os dias, perdi as contas das vezes que vi pessoas sendo assaltadas nas filas, esperando o transporte", relembra. No entanto, depois da pintura, limpeza, substituição da iluminação, colocação de piso tátil, restauração do pavimento dos boxes dos ônibus, ajustes feitos durante a revitalização da prefeitura, ambas frequentadoras ressaltam que a situação "melhorou muito." Raquel elogia, ainda, as reformas no banheiro. "Construíram um banheiro acessível no masculino. Antes, alguns homens cadeirantes tinham de usar o feminino, era desconfortável", explica. Elas também enfatizaram a limpeza e os novos bancos para o conforto dos usuários. 

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