Participação feminina em órgãos de segurança pública aumenta

Dados nacionais de segurança pública de 2021 e de 2022 apontam redução nos homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporal seguida de morte

Por Agência Brasil

PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 9.7.2021. Governador Eduardo Leite, durante Entrega do Espadim Tiradentes para os alunos oficiais do Curso Superior de Polícia Militar da Brigada Militar, na manhã desta sexta-feira (9/7). Fotos: Itamar Aguiar/ Palácio Piratini
A participação de mulheres em órgãos de segurança pública aumentou nos últimos anos em todo o País. "Em um comparativo entre os anos 2020 e 2021, é possível destacar que houve aumento do público feminino de 5,88% nas polícias militares, 12,44% nos corpos de bombeiros militares, 4,35% nas polícias civis e 9,79% nos órgãos oficiais de perícia", destacou a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo a Senasp, os estados que mais registraram aumentou do efetivo feminino foram Espírito Santo, Acre, Roraima, Amapá e Rio Grande do Norte. Nos cargos de comando, entre os anos 2020 e 2021, cresceu 9,19% a participação de mulheres nas polícias militares, corpos de bombeiros militares e polícias civis.
A pesquisa Perfil das Instituições de Segurança Pública, ano-base 2004 a 2021, mostra ainda aumento no número de delegacias de Polícia Civil especializadas no atendimento a ocorrências envolvendo mulheres em todo o Brasil. Em 2004, eram 177 unidades; em 2020, 464 e, em 2021, 501, divididas em 231 unidades na Região Sudeste; 107 no Nordeste; 76 no Sul; 50 no Centro-Oeste e 37 no Norte, informou o diretor de Gestão e Integração de Informações da Senasp, Felipe Sampaio.
Segundo o Ministério da Justiça, em termos de violência contra mulheres, dados nacionais de segurança pública de 2021 e de 2022 apontam redução em três tipos de crime: homicídio doloso, latrocínio (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte.
Quando o recorte foi de homicídio doloso, foram computados 3.452 casos com vítimas mulheres em 2021. Em 2022, o número caiu para 3.412 situações, com redução de 1,16%. A maior parte dos registros ocorreu na Região Nordeste (33,6%), seguida das regiões Sudeste (31,0%), Sul (14,4%), Norte (12,1%) e Centro-Oeste (8,9%).
Já os casos de latrocínio contra mulheres, tiveram 147 registros em 2021 e 118 no ano 2022, queda de 19,73%. Os registros foram computados em todas as regiões do país: Nordeste (30,0%), Sudeste (29,6%), Norte (15,9%), Centro-Oeste (12,4%) e Sul (12,0%).
Os casos de lesão corporal seguida de morte foram 50 em 2021 e 48 em 2022, com redução de 4%. A maior parte dos registros ocorreu na Região Sudeste (33,7%), seguida pelas regiões Nordeste (21,1%), Sul (16,8%), Norte (15,8%) e Centro-Oeste (12,6%).