Morte de Brian Grandi pode ser investigada como homicídio culposo

Polícia apura, junto às prefeituras de Torres e Passo de Torres, os processos que liberavam o funcionamento da ponte pênsil

Por Bolívar Cavalar

Corpo de Brian Grandi foi encontrado nesta quinta-feira, na Praia Azul
Desaparecido desde a segunda-feira (20) após o desabamento da ponte pênsil que liga Torres (RS) a Passo de Torres (SC), o corpo de Brian Grandi, 20, foi encontrado nesta quinta-feira (23), e sua identidade confirmada pela família. Agora, o próximo passo das investigações sobre os motivos do rompimento da estrutura depende de análises do Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS). De acordo com as polícias civis gaúcha e catarinense, há a possibilidade do caso ser considerado homicídio culposo.
O laudo técnico é de responsabilidade do IGP-RS pois foi o lado gaúcho da ponte que desabou. No âmbito das investigações, as delegacias da Polícia Civil de Araranguá (SC) - responsável pelo município de Passo de Torres - e da Polícia Civil de Torres (RS) estão tratando deste caso.
O delegado catarinense Maurício Pretto afirma que, agora que o corpo do jovem foi encontrado, as investigações devem se concentrar nos motivos para o desabamento da estrutura. Segundo Pretto, a polícia apura, junto às prefeituras das duas cidades, os processos que liberavam o funcionamento da ponte pênsil. Caso sejam encontrados responsáveis por uma operação irregular da estrutura, a morte do jovem pode ser considerada homicídio culposo. 
Sobre a queda de Brian, o delegado acredita que o jovem cruzava a ponte pênsil no sentido de Passo de Torres para a cidade gaúcha. Residente de Torres, Brian voltava de uma festa no município catarinense pela estrutura, até ela romper, crê o delegado. Além de Brian, dezenas de outras pessoas desabaram junto à ponte. Algumas foram hospitalizadas, mas não há relatos de ferimentos graves em razão da queda. A ponte, datada de 1984, apresentou problemas no próprio evento de inauguração.