Sindicato dos enfermeiros critica decisão do STF que suspende novo piso e não descarta greve

De acordo com a lei sancionada, o piso salarial dos enfermeiros ficou estabelecido em R$ 4.750

Por Bárbara Lima

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza ação para intensificar o processo de vacinação na Zona Sul da Capital neste final de semana. A região concentra a maior parte das demandas de vacinação de idosos residentes em instituições de longa permanência. A ação teve a participação de 32 voluntários da SMS, Comando Militar do Sul e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Integram a equipe médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que deverão percorrer 60 instituições de longa permanência de idosos e outros. Na fotos uma das Equipes que vacinou em uma Instituição de longa permanência para portadores de deficiência.
O Sindicato dos Enfermeiros do Rio Grande do Sul (SERGS) manifestou, na tarde desta segunda-feira (5), indignação em relação à medida cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento do piso salarial da enfermagem no último domingo (4). Como justificativa para a decisão do STF, o ministro Luís Roberto Barroso disse que o aumento do piso poderia provocar demissões em massa e riscos para prestação do serviço de saúde. Nos próximos dias, haverá intensa mobilização da categoria no Estado e, segundo o diretor de formação política e pesquisa do SERGS, Rafael Cerva Melo, uma "greve nacional não está descartada."
De acordo com Rafael, o aumento do piso foi amplamente discutido e aprovado, e, justamente por isso, a medida do Supremo está gerando tanta frustração nos enfermeiros desde que a notícia da suspensão veio a público. "É possível do ponto de vista econômico, estudamos profundamente esse assunto", pontuou. Além disso, ele acrescentou que o aumento também é uma forma de justiça social. "Dada a complexidade e relevância de nosso trabalho, não é viável que um técnico de enfermagem, por exemplo, ganhe pouco mais do que um salário mínimo e que precise de dois empregos para ter uma vida digna", ponderou. 
Sobre as demissões que ocorreram recentemente no Estado desde que o novo piso foi aprovado, como mostrou a reportagem do Jornal do Comércio
Em Porto Alegre, está marcada uma mobilização para o dia 09/09 (sexta-feira), às 10h, em frente ao Hospital Santa Casa de Misericórdia.