Tragédia em Santa Maria comove País

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Um incêndio na boate Kiss, no Centro de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deixou 233 mortos na madrugada de domingo, a maioria vítima de asfixia. Segundo o comandante da Brigada Militar (BM), Sérgio Abreu, 116 pessoas estão hospitalizadas em decorrência da tragédia, que já é a segunda maior da história do Brasil. A estimativa da polícia é de que mil jovens estavam no local no momento em que o fogo começou. 

Dos 233 mortos, 120 são homens e 113 mulheres. A maioria tinha idade entre 18 e 25 anos. Entre os feridos, mais de 90 estão hospitalizados em Santa Maria. Para Porto Alegre, foram encaminhadas ao menos 34 pessoas com graves queimaduras. A Força Aérea Brasileira fez o transporte das vítimas com helicópteros e aviões.

Edi Paulo Garcia, capitão da BM, disse que 90% dos corpos estavam nos dois banheiros - um masculino e outro, feminino. Garcia declarou também que a casa noturna tinha apenas uma saída. A boate tem capacidade para duas mil pessoas e estava com o alvará de funcionamento e o plano de prevenção contra incêndio vencidos desde agosto do ano passado, conforme o Corpo de Bombeiros.

Durante a manhã, dois caminhões levaram os corpos até o ginásio esportivo da cidade, que foi isolado pela BM para evitar a invasão de parentes e amigos. Os familiares formaram uma fila de 500 metros em volta do local, para o reconhecimento dos corpos. Um Comitê Gestor da Crise foi instituído para dar apoio aos familiares. Na tentativa de identificar os corpos, o Instituto Geral de Perícias (IGP) colocou documentos de identificação — como identidade, carteira nacional de habilitação, entre outros — e celulares nos peitos das vítimas. De acordo com relatos de servidores do IGP, muitos telefones dos mortos no ginásio tocavam sem parar. Eram mães, pais, maridos, esposas e amigos desesperados.

O fogo foi controlado por volta das 5h30min, mas às 7h ainda havia equipes no local, fazendo o trabalho de rescaldo. A polícia e o Corpo de Bombeiros apuram as circunstâncias que deram início ao incêndio. As primeiras informações foram de que as chamas teriam começado por volta das 2h30min, quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no local, fez uma espécie de show pirotécnico. As faíscas atingiram a espuma do isolamento acústico e as chamas se espalharam. Os músicos tentaram apagar o princípio do fogo com extintores de incêndio que, segundo testemunhas, não funcionaram. 

O secretário de Segurança do Estado, Airton Michels, não confirmou a informação de que um show pirotécnico teria desencadeado o incêndio. Há suspeita de a causa ter sido um curto circuito no teto da boate. O prédio ficou destruído, mas não existe risco de desabamento. 

Relatos, vídeos e fotos de sobreviventes mostram que muitas pessoas não conseguiram acessar a rua. Depoimentos revelam que os seguranças da casa, em um primeiro momento, dificultaram a saída do público porque exigiam a comanda paga. Eles acharam que o tumulto era por conta de alguma briga. Quando os bombeiros chegaram, populares ajudaram a abrir um buraco na parede externa para possibilitar que mais pessoas conseguissem sair.

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo, afirmou que a porta principal da Kiss estava trancada na hora do incêndio. “Era uma porta pequena para muita gente sair”, explicou Luana Santos Silva, que estava na festa. Santa Maria é uma cidade universitária que concentra muitas pessoas de várias regiões do Estado e do País. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ainda estava em aulas, devido à greve de 2012. A festa Agromerados reunia estudantes dos cursos de Zootecnia, Agronomia, Pedagogia, Tecnologia de Alimentos e em Agronegócio e Medicina Veterinária. 

De acordo com a GloboNews, o dono do estabelecimento se apresentou à polícia na tarde de ontem. Todos os músicos foram escutados. O gaiteiro da banda, que tocava quando a fumaça tomou conta do espaço, faleceu. O estúdio de fotografias TuaFoto entregou todas as imagens que fez na festa à polícia. Um fotógrafo e um dos sócios de outro estúdio, o SiteZoom Net, morreram.

Ao saber da tragédia, a presidente Dilma Rousseff cancelou a agenda no Chile e foi para Santa Maria acolher as famílias das vítimas. O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, também esteve no local e decretou luto oficial de sete dias. A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) cancelou a rodada de ontem do Gauchão.

Ao final da tarde, os familiares passaram a velar o corpo das vítimas dentro do ginásio. Assistentes sociais, psicólogos, médicos e outros voluntários estão prestando assistência aos familiares. No ginásio anexo ao que as vítimas foram identificadas, uma pilha de caixões esperava pelos corpos.

Domingo de luto e solidariedade

Familiares e amigos realizaram velório coletivo no Centro Desportivo Municipal.
VINÍCIUS COSTA/AGÊNCIA FREELANCER/JC
O sol brilhava forte na manhã de ontem em Santa Maria, na região central do Estado. Mas o dia ensolarado será um daqueles que todo mundo gostaria de esquecer. Entretanto, apagar da memória este 27 de janeiro de 2013 não será uma tarefa fácil. “Essa tragédia traz um luto difícil de ser superado de uma hora para outra. Atinge a todos, mesmo quem não tinha parentes, amigos ou conhecidos entre os mortos”, comenta o psicólogo Sílvio Vasconcellos.

Professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Vasconcellos acordou com o barulho dos helicópteros sobrevoando o prédio onde mora, que fica próximo à casa noturna Kiss. “Toda a rotina da cidade foi alterada desde cedo”, conta. 

A tragédia levou o prefeito Cezar Schirmer a decretar luto oficial de 30 dias na cidade. A medida prevê a contratação imediata, por parte da prefeitura, de profissionais da área da saúde, incluindo psicólogos e psiquiatras, para dar assistência às famílias das vítimas.

A UFSM emitiu nota de solidariedade oferecendo auxílio aos familiares, assinada pelo reitor Felipe Martins Müller e pelo vice-reitor Dalvan José Reinert. Por causa disso, o psicólogo Vasconcellos manteve o celular ligado, na espera por um chamado, como se estivesse de plantão. “O que se percebe é que toda a cidade está mobilizada na tentativa de ajudar de alguma forma”.

A solidariedade dos santa-marienses também foi comprovada no velório coletivo das vítimas, que se estendeu durante toda a noite, em um ginásio do Centro Desportivo Municipal. Diversos voluntários caminhavam por ali distribuindo água e comida aos parentes e amigos das vítimas. O velório coletivo ocorre ao lado do pavilhão para onde os corpos retirados da casa noturna foram levados para o reconhecimento dos familiares, o que só deve ser concluído na manhã de hoje.

A dor da perda abalou a jovem Gabriela Kunz, de 18 anos. A estudante de Direito chorou a morte de Pedro de Oliveira Salla e Marcelo de Freitas Salla Filho, dois irmãos que morreram na tragédia. “Estive no velório e vou ao enterro deles amanhã (hoje). O que posso dizer é que tem muita gente dando força à família”. 

Ela conta que poderia estar entre as vítimas. “O Pedro me ofereceu um convite para a festa. Pensava em passar ali mais tarde. Foi então que me ligaram perguntando se eu estava lá e falando do incêndio”. Gabriela e as amigas correram para o local e quando chegaram na frente da boate, os bombeiros começavam a isolar à área. Segundo ela, aparentemente as condições eram boas. “Mas só havia uma saída. E os seguranças também eram complicados. Tive problemas com eles em outra festa”, lembra.

Intoxicação por gases levou a mortes

A ação fulminante da fumaça no organismo das vítimas que estavam na boate Kiss foi a principal causa das centenas de mortes. Médicos explicam que o monóxido de carbono (CO) inalado mina rapidamente o oxigênio das células, o que afeta o funcionamento de órgãos, cérebro e por último do coração. Um processo que dura em torno de 20 minutos. O socorro às vítimas deve envolver restabelecimento imediato de oxigênio, o que dependia de condições de acesso do socorro ao ambiente, também prejudicadas. O médico intensivista e plantonista da sala de politraumatizados do Hospital de Pronto-Socorro de Porto Alegre (HPS) André Felipe Meregalli cita que bombeiros tiveram dificuldade de resgatar eventuais sobreviventes, pois teriam encontrado uma barreira de corpos na área interna do prédio em Santa Maria. 

A médica emergencista do Hospital Nossa Senhora da Conceição na Capital, Maria Rita de Assis Brasil, alerta ainda que sobreviventes podem apresentar tosse, irritação e ardência dias após a tragédia e devem procurar imediatamente hospitais. Os sintomas podem indicar infecção dos pulmões pela ação de gases tóxicos. “Eles precisam ser examinados, fazer raio-x, ver a oxigenação de sangue. Quem tiver algum sintoma deve procurar um médico para ser avaliado”, orienta a médica, que fez faculdade de Medicina em Santa Maria e acompanhou à distância o drama de colegas cujos filhos estavam na boate.

Meregalli explica que a intoxicação é uma das situações típicas de vítimas de fogo, principalmente em ambientes fechados. O plantonista do HPS detalha que o CO gerado pela queima de madeira e demais materiais intoxica rapidamente ao entrar na corrente sanguínea e toma conta das hemácias (glóbulos vermelhos) que fazem o transporte de oxigênio até os órgãos. “Estes tecidos ficam privados de oxigênio, sofrendo uma espécie de asfixia. Além disso, ocorre o envenenamento do organismo por monóxido de carbono”, esclarece o intensivista. “Este processo pode se dar em 15 a 20 minutos e em 30 levar à morte.” O médico diz que os socorristas têm de ministrar oxigênio puro, para ajudar as células a se livrar do CO e devolver capacidade de funcionamento dos órgãos. Paradas cardiorrespiratórias também são outro efeito da asfixia dos órgãos. 

As pessoas sofrem com diversos estágios de efeito do CO. No começo, a vítima fica eufórica, com rosto vermelho, o raciocínio é afetado e, logo depois, ela perde a consciência e desmaia. “Na boate de Santa Maria, a evolução pode ter sido mais rápida, pois as pessoas estavam confinadas em um espaço pequeno. Quando a pessoa começa a ficar confusa é indicativo de que o cérebro foi afetado”, descreve o médico, que ficou chocado com a tragédia. “O coração é o último a sentir a falta do oxigênio e para de bater.” A primeira medida é retirar as pessoas do ambiente, tirar as roupas, fazer respiração artificial e ministrar oxigênio puro até a hemácia se desvincular do monóxido de carbono. O que não foi tarefa fácil em Santa Maria. Os casos mais graves precisaram de cuidados de UTI. “Se a pessoa chegar inconsciente, o dano pode ser maior, com eventual sequela. Quem chegou acordado às emergências, possivelmente sairá bem.” 

Banda e donos de boate podem responder por homicídio culposo

O delegado Sandro Meinerz, um dos responsáveis pela investigação do incêndio, afirmou que os donos da boate Kiss e os integrantes da banda que tocava no local e cujo uso de fogos de artifício dentro do local pode ter dado origem ao incêndio devem ser indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. 

“A atuação deles (banda) é que deu vazão ao incêndio, e é preciso checar se eles podiam fazer aquilo ou não”, afirmou o delegado. Segundo Meinerz, a faísca do sinalizador utilizado no palco pela banda foi puxada pelo exaustor da boate, e isso causou o incêndio por cima da espuma, o que pode ter gerado fumaça tóxica. “A informação preliminar é que o estabelecimento funcionava com alvará vencido em processo de renovação, mas ainda não renovado”, acrescentou.  

A investigação pretende avaliar se o local estava adequado às normas de segurança e se de fato comportava o número de pessoas que estavam lá. O delegado disse ainda que a polícia irá averiguar o suposto bloqueio das portas da casa noturna por seguranças e a existência de apenas uma saída de emergência.

TJ e MP se mobilizam

O Tribunal de Justiça (TJ), por meio de seu presidente, Marcelo Bandeira Pereira, mobilizou-se e foi até o local da fatalidade para prestar auxílio. Em nota, ele determinou que “toda a estrutura do Judiciário estadual seja colocada à disposição das autoridades locais e familiares das vítimas, para prestar todo o auxílio possível neste momento de luto para os gaúchos e o País”. 
Pelo Ministério Público (MP) Estadual, o procurador-geral, Eduardo de Lima Veiga, o subprocurador, Ivory Coelho, e Miguel Velasquez, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos do MP, também se deslocaram para a cidade. “Trata-se de uma tragédia sem precedentes na história do Rio Grande do Sul. O MP estará mobilizado em Santa Maria para, em um primeiro momento, prestar toda a solidariedade à comunidade santa-mariense e, também, apurar as eventuais responsabilidades pelos fatos ocorridos”, destacou Veiga. O promotor de Justiça de Santa Maria Joel Dutra acompanha a situação desde a madrugada de ontem.

Pacientes graves estão internados em Porto Alegre

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o transporte dos pacientes em estado grave de Santa Maria para Porto Alegre durante a tarde de ontem. São 25 pacientes que tiveram grandes queimaduras e precisam de atendimento especializado. Os feridos estão internados no Hospital de Pronto Socorro (HPS), Santa Casa, Hospital de Clínicas, Mãe de Deus, Cristo Redentor e Nossa Senhora da Conceição. Para receber os sobreviventes da tragédia, foi montado um esquema especial que começou com o isolamento do estádio Ramiro Souto, no Parque da Redenção, onde os helicópteros da FAB pousaram. 

Caminhões do Corpo de Bombeiros foram chamados para molhar o campo de areia para reduzir a quantidade de pó levantada pelo movimento das hélices entre cada pouso. Transferidos para as ambulâncias, os pacientes foram encaminhados às Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais, sob escolta dos agentes de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Brigada Militar. Os dois órgãos bloquearam ruas para facilitar o deslocamento das ambulâncias.

A FAB disponibilizou uma aeronave C-130 Hércules para transporte de médicos e suprimentos para os feridos. Cirurgiões plásticos, médicos intensivistas e técnicos de enfermagem do Grupo Hospitalar Conceição foram enviados para ajudar no transporte dos pacientes a serem deslocados para a Capital. No mesmo avião, embarcou uma equipe de apoio psicológico, a pedido da Coordenadoria de Saúde Mental de Santa Maria, para auxílio aos familiares. 

Segundo a FAB, equipes de cirurgia-geral e plástica e enfermeiros do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), no Rio de Janeiro, e do Hospital de Aeronáutica de Canoas (HACO), foram mobilizadas. Mais quatro helicópteros H-60 Blackhawk da Base Aérea de Santa Maria foram colocados à disposição. No Pátio 3 do Aeroporto Internacional Salgado Filho, os aviões da corporação também desembarcaram feridos.

Com a chegada das vítimas, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre e o Hospital de Pronto Socorro restringiram a entrada de pacientes em suas emergências, priorizando o atendimento aos casos oriundos da tragédia. O secretário Estadual de Saúde, Ciro Simoni, disse que foram disponibilizados 50 leitos de UTI na Capital - dos 115 leitos oferecidos pela prefeitura. “Estamos solidários e enlutados com esta tragédia. Desejamos força e muita fé a todas as famílias e amigos das vítimas”, manifestou o vice-prefeito, Sebastião Melo. 

Os familiares podem obter informação sobre onde estão internadas as vítimas por meio do telefone (51) 9392.2475. A partir de hoje, a Secretaria Municipal de Saúde solicita a doação de sangue no Hemocentro do Rio Grande do Sul (Hemorgs), a fim de repor os estoques. O Hemorgs localiza-se na avenida Bento Gonçalves, 3.722, no bairro Partenon, em Porto Alegre.

Por volta das 20h30min de ontem foram encerrados os pousos dos helicópteros no estádio Ramiro Souto. As operações devem recomeçar hoje. Os deslocamentos na madrugada seriam feitos por aviões da FAB, com desembarque no aeroporto Salgado Filho. 

Tragédia similar na Argentina gerou mudanças em boates

O incêndio que deixou 194 mortos em 2004 na boate República Cromañón, em Buenos Aires, provocou uma série de mudanças na segurança nas casas noturnas da capital argentina. As medidas incluíram mais sinalização interna das discotecas, indicando a saída de emergência, menos tolerância no tocante ao limite de público autorizado para cada local e a colocação de cartazes indicando a quantidade permitida de pessoas no recinto.

Locais com mais de um andar devem também agora atualizar, regularmente, informações sobre a resistência do prédio, segundo documento da Agência Governamental de Controle publicado no site do governo de Buenos Aires. Os cidadãos podem saber o estado de habilitação e funcionamento dos locais na internet. Investigações policiais e judiciais revelaram que a discoteca República Cromañón tinha o certificado de bombeiros vencido, cerca do triplo de público permitido e problemas com a saída de emergência.

Governo federal disponibiliza Força Nacional do SUS

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ontem, em Santa Maria, que a prioridade é salvar a vida das pessoas que ficaram feridas no incêndio. Para isso colocou à disposição a Força Nacional do SUS e a Força Aérea Brasileira. Ele ressaltou que, além das 92 pessoas internadas em hospitais da cidade e das 18 em Porto Alegre, outros feridos foram levados a hospitais com leitos e estrutura específica para tratar queimaduras e intoxicação respiratória.

“Disponibilizamos mais 50 leitos de UTI em Porto Alegre caso seja necessário a transferência de mais pacientes. Os que estão respirando por aparelhos são os receberão mais atenção em relação à necessidade de remoção”, explicou Padilha. O ministro disse que ainda no início da manhã, quando tomou conhecimento do ocorrido, entrou em contato com o secretário da Saúde do Estado, Ciro Simoni, e com o Superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, Carlos Eduardo Neri Paes. Naquele momento, foram deslocados para Santa Maria 20 respiradores e 30 ventiladores mecânicos, além de ambulâncias para atendimento das vítimas. “Também houve deslocamento de profissionais da Força Nacional do SUS, que atuaram no terremoto do Haiti e em outras tragédias, além da Força Aérea Brasileira, que tem profissionais treinados para a área de incêndio.”

Padilha destacou que outra prioridade no momento é o apoio médico e psicológico às famílias das vítimas. “Estamos mobilizando voluntários que se somarão ao já existente na cidade para dar suporte aos familiares”, afirmou. Pele ressaltou que os agentes de saúde também ficarão focados no atendimento aos familiares das vítimas e no monitoramento do estado de saúde daqueles que estavam no local do incêndio.

O ministro destacou ainda que um dos maiores problemas a ser enfrentado pelas vítimas internadas e por aquelas que estavam na boate e inalaram a fumaça tóxica é uma pneumonia química grave, o que pode aumentar o número de hospitalizados. Padilha alertou que as pessoas que sentirem falta de ar devem procurar atendimento médico. Hoje, em Santa Maria, o ministro fará uma avaliação do trabalho da equipe do SUS.