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Insights do Tecnopuc Experience 2025

Flavia Fiorin é diretora do Tecnopuc - Parque Científico e Tecnológico da Pucrs que recebeu a oitava edição do evento de inovação e tecnologia
Atuando como diretora do Tecnopuc, Flavia Fiorin possui experiência em gestão de projetos de inovação, empreendedorismo, gestão de negócios relacionados à micro e pequenas empresas de base tecnológica, incubadoras e parques tecnológicos.
Atuando como diretora do Tecnopuc, Flavia Fiorin possui experiência em gestão de projetos de inovação, empreendedorismo, gestão de negócios relacionados à micro e pequenas empresas de base tecnológica, incubadoras e parques tecnológicos.
1. Inteligência Artificial com propósito, não como piloto: Ficou evidente nos debates, e muito caracteriza nossa comunidade, é que o protagonismo da inteligência artificial não deve estar nas
máquinas, mas sim no propósito (humano!) que endereça sua aplicação. Essa visão guiou diferentes palcos no evento, da discussão sobre educação e IA, que destacou o papel das universidades na formação crítica para a era digital, a reflexões sobre a inteligência emocional, para além da literacia tecnológica, no futuro do trabalho. A IA também foi destaque no painel sobre mulheres na liderança tecnológica, que
reforçou a necessidade de diversidade para que a inovação seja verdadeiramente
inclusiva e transformadora, para além de todo o viés que a tecnologia pode incorrer.
2. Do laboratório ao mercado a potência da convergência: Ao explorar casos práticos de descobertas científicas que geram impacto, o Tecnopuc Experience colocou em evidência governo, empreendedores, investidores e cientistas em uma trilha que abordou desde a criação de chips e tecnologias quânticas até a
pesquisa aplicada em saúde, bioeconomia e energia. As discussões evidenciaram que o desafio vai além da geração de descobertas ou da alocação sistematizada de investimentos: é preciso construir pontes estratégicas capazes de transformar conhecimento em negócio. Casos apresentados pelo BioHub e
pelo Celeiro Hub ilustraram essa dinâmica de convergência aplicada, da pesquisa
científica à inovação industrial, do laboratório à sociedade.
3. Impacto de casa para o mundo: Esta edição foi marcada por debates profundos sobre as dimensões ambiental e social, mostrando que inovação responsável se constrói a partir de atitudes do cotidiano ao
mercado global. Da compostagem em pequenos espaços aos mercados de carbono, as conversas revelaram um mesmo princípio: impacto é um ciclo que nasce da consciência individual e se amplia pela ação coletiva. As discussões sobre descarbonização, economia circular e políticas públicas
destacaram que a sustentabilidade parte de um posicionamento ético de responsabilidade, mas também se consolida como estratégia de competitividade para negócios que desejam permanecer relevantes no futuro.
4. Arte, design e tecnologia para além do óbvio: O Tecnopuc Experience 2025 evidenciou que a inovação tecnológica ganha personalidade e, consequentemente, potência quando está ancorada em um
ecossistema criativo. Mais do que impulsionar soluções únicas, desenvolve talentos que pensam de forma crítica, colaborativa e sensível aos desafios do mundo. Do design orientando a inovação, passando pelo audiovisual, aprofundando no mercado de games, renomados empresários e pesquisadores, nacionais e internacionais, demostraram que a convergência entre expressão artística e tecnologia gera não apenas
produtos, mas também novas linguagens, negócios e formas de aprender.
5. Colaboração e abundância: o futuro que se contrue junto independente do grau de disrupção da tecnologia ou da complexidade do tema em debate, a certeza de que a colaboração é o verdadeiro motor do desenvolvimento é um elemento de convergência do Experience. Ao longo de todo dia, pesquisadores,
empresários, empreendedores e investidores, muitos vindos de todo Brasil e do exterior, convergiram em uma mesma convicção: nenhuma inovação nasce sozinha e se
sustenta a partir da lógica da abundância, não de escassez.