A iguaria substitui as tradicionais frutas cristalizadas pelo fruto produzido no Rio Grande do Sul

Pecantone, panetone de noz pecan, é vendido na Expointer por produtores de Carazinho


A iguaria substitui as tradicionais frutas cristalizadas pelo fruto produzido no Rio Grande do Sul

Unindo a paixão pelos panetones com a produção de noz pecan, o casal Anelise Scheibe e Carlos Eduardo Scheibe desenvolveu uma novidade que está sendo vendida na 46ª edição da Expointer: o Pecanttone. O produto une a tradicional receita da iguaria, consumida principalmente no período de Natal, com a noz pecan produzida pela dupla de Carazinho, cidade do noroeste rio-grandense. Produtores de soja e milho, Anelise e Carlos Eduardo começaram a se aventurar com a noz pecan em 2009. “Não sabíamos nada. Tínhamos cinco hectares com 700 árvores, era muito grande para capinar e muito pequeno para mecanizar. Ficou naquela coisa ou pousa ou arremete", lembra Carlos Eduardo sobre o período de aposta na produção. Hoje, são 5 mil árvores em 33 hectares da propriedade do casal, que fica em Chapada, município próximo a Carazinho. 
Unindo a paixão pelos panetones com a produção de noz pecan, o casal Anelise Scheibe e Carlos Eduardo Scheibe desenvolveu uma novidade que está sendo vendida na 46ª edição da Expointer: o Pecanttone. O produto une a tradicional receita da iguaria, consumida principalmente no período de Natal, com a noz pecan produzida pela dupla de Carazinho, cidade do noroeste rio-grandense.

Produtores de soja e milho, Anelise e Carlos Eduardo começaram a se aventurar com a noz pecan em 2009. “Não sabíamos nada. Tínhamos cinco hectares com 700 árvores, era muito grande para capinar e muito pequeno para mecanizar. Ficou naquela coisa ou pousa ou arremete", lembra Carlos Eduardo sobre o período de aposta na produção. Hoje, são 5 mil árvores em 33 hectares da propriedade do casal, que fica em Chapada, município próximo a Carazinho. 

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A ideia de lançar o pecantone partiu da paixão pessoal de Anelise pelo produto. "Sempre gostei muito de panetone. Gostava muito de uma marca e passei a comprar sempre", lembra a produtora, que, a partir daí, teve o insight de entrar em contato com a fábrica para criar uma receita com base na noz pecan. "Pensei que, no máximo, ia mandar um email e eles iriam dizer que não ou não responder. No outro dia, me responderam pedindo para conversar. Mandamos produtos para eles testarem, fomos conhecer a fábrica. Como eles fazem para uma grande marca americana, são muito cuidadosos", conta Anelise, destacando a originalidade do Pecanttone. "A receita foi desenvolvida para nós, com a nossa noz pecan. É marca registrada", pontua. 
O produto, que começou a ser vendido em 2022 no boca a boca, como conta o casal, está disponível para venda no Pavilhão Internacional da Expointer, no estande do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan). O item custa R$ 53,00. O valor, contam os sócios, é um dos nortes para entrada do produto no mercado. "Estamos buscando lugares para distribuição. Não queremos colocar em supermercados, porque é um produto bastante exclusivo. Não podemos concorrer em preço. Estamos pensando em lojas mais gourmet ou venda institucional", explica Carlos Eduardo. 
Além de mirar na consolidação no mercado nacional, os produtores já vislumbram a chegada no mercado internacional. "Estamos preparando para exportação, a nova embalagem já será em três idiomas. É muito novo, porque tem um ano, e já estamos com várias frentes. Mas o principal é provar, porque é um produto diferenciado", garante Anelise, que também pretende explorar, no futuro, receitas sem glúten, que tornem o produto mais saudável, aliado com os benefícios da noz pecan. 
No estande do IBPecan, além do Pecanttone, encontra-se diversos itens que tem como base a noz pecan, como alfajor e até álcool em gel à base do fruto. Carlos Eduardo enxerga na noz pecan uma grande possibilidade para o desenvolvimento do agronegócio gaúcho, já que o Brasil, segundo ele, é, hoje, o quarto maior produtor do fruto no mundo e o Estado é responsável por cerca de 80% da produção total do País. "Posso falar hoje, com 14 anos de experiência, que rende duas vezes mais que soja, mas até chegar lá o custo é muito alto. Tem que ter um aporte externo. É uma alternativa para nós do Sul, porque ela precisa de uma quantidade de frio", destaca o produtor.