O "doce mais difícil do mundo" uniu a dupla, que empreende desde 2016

Mãe e filha produzem macarons pintados à mão em Porto Alegre


O "doce mais difícil do mundo" uniu a dupla, que empreende desde 2016

A Festa de Babette é um clássico do cinema dinamarquês que foi agraciado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988. Um filme que pode ter sido um simples entretenimento de um longínquo sábado à tarde para alguns marcou a vida de Rove Chishman, 59 anos, mãe de Alice Chishman, 19. A culinária francesa, abordada na produção audiovisual, impactou a trajetória da família. Foi a partir dessa inspiração que a dupla decidiu explorar a pâtisserie parisiense por meio da confecção de macarons, um pequeno biscoito suculento e recheado feito com farinha de amêndoas. O negócio acabou ganhando o nome da personagem interpretada por Stéphane Audran: Babette, como também Rove ficou conhecida no ramo da confeitaria.
A Festa de Babette é um clássico do cinema dinamarquês que foi agraciado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988. Um filme que pode ter sido um simples entretenimento de um longínquo sábado à tarde para alguns marcou a vida de Rove Chishman, 59 anos, mãe de Alice Chishman, 19. A culinária francesa, abordada na produção audiovisual, impactou a trajetória da família. Foi a partir dessa inspiração que a dupla decidiu explorar a pâtisserie parisiense por meio da confecção de macarons, um pequeno biscoito suculento e recheado feito com farinha de amêndoas. O negócio acabou ganhando o nome da personagem interpretada por Stéphane Audran: Babette, como também Rove ficou conhecida no ramo da confeitaria.

A Babette Macarons começou, em 2016, como um hobby entre mãe e filha, feito em casa, para a família. Rove, ou melhor, Babette, resgatou sua vocação pesquisadora enquanto professora universitária e se debruçou em livros e em artigos para vasculhar uma nova área, a confeitaria francesa. “Tive que aprender a precificar, conhecer o mercado, pesquisar a concorrência. Isso requereu muita determinação”, conta Babette, com orgulho de, mesmo consolidada no segmento educacional, ter aceitado novos desafios.

Juntou-se a ela sua filha caçula, Alice, que ficou responsável pela personalização dos macarons devido a sua ênfase artística. “A Alice tem um senso estético muito apurado. Falando como consumidora, isso sempre me chamou a atenção na confeitaria”, diz a confeiteira. Acharam, em suas novas funções, paixões camufladas pelas incessantes rotinas nos prédios de Letras e Engenharia, respectivamente. Hoje, Rove prioriza apenas a produção na cozinha, deixando de lado os assuntos acadêmicos. Já Alice, segue frequentando a faculdade, mas vê na Babette Macarons uma oportunidade de aprender e iniciar a vida profissional. “As pessoas valorizam esse meu lado empreendedor”, diz Alice, que também sonha em seguir a carreira como engenheira.
Mãe e filha contam que enfrentam muitos desafios de convivência ao prepararem as encomendas, que, muitas vezes, demandam larga escala, especialmente quando se trata de um evento. “A nossa intimidade acaba sendo um ponto, ao mesmo tempo, positivo e negativo”, destaca Alice, que vê a sinceridade uma via de mão dupla no que tange o ramo dos negócios. Mas, em geral, elas garantem descontração durante a produção, orgulhando-se do trabalho uma da outra, principalmente Babette, que, sempre que pode, rasga elogios à filha. “Enxergo uma oportunidade preciosa para a minha filha, que tem envolvimento com empreendedorismo e grandes responsabilidades, desde os 15 anos. Ela descobriu habilidades que nem sabia que tinha”, percebe a empreendedora. 

A técnica de Alice com os pincéis e as canetas para confeiteiros é, segundo a mãe, que sempre fala com os olhos brilhando, a cereja do bolo, ou melhor dizendo, do macaron. As personalizações podem surgir a partir de inspirações dos próprios clientes ou simplesmente da criatividade de Alice, que começa com rabiscos no papel e, depois, migra para os biscoitos. O cuidado nos mínimos detalhes se mantém na cozinha para o macaron ficar perfeito – molinho por dentro, crocante por fora e com um recheio adocicado na medida exata. “Macaron é o doce mais difícil da confeitaria, porque envolve uma série de questões, que vão desde a qualidade dos insumos até clima”, comenta Babette. Essas características fazem o produto, segundo elas, enquadrar-se numa categoria de luxo devido à exclusividade e autenticidade dos macarons.
LUIZA PRADO/JC

A Babette Macarons oferece 14 sabores diferentes do doce, sendo os mais pedidos os de chocolate belga, caramelo com flor de sal e frutas vermelhas. Os itens podem ser adquiridos em formato avulso ou em torre, este produzido majoritariamente para eventos. A escolha entre um macaron simples ou decorado também pode afetar o preço dos itens. No negócio, 10 unidades custam R$ 60,00, aumentando o valor em caso de necessidade de caixa decorada.

Para o futuro, a família pensa em, quem sabe, sair da produção em casa e ir para um ateliê próprio, o que, percebem elas, permitiria mais organização para a dupla, que reclama da necessidade de conciliar a rotina da residência com a da Babette Macarons.

Elas destacam, por fim, um lançamento para a Páscoa: minitortas de 8 cm e 16 cm. Tanto os macarons quanto o novo produto podem ser encomendados pelo Instagram (@babettemacarons) ou pelo WhatsApp: (51) 99696-3818. Entregas podem ser feitas de acordo com a distância do bairro Rio Branco, onde também pode ser realizada a retirada dos biscoitos.