Focado em comida de rua asiática, o Bao-zi abriu as portas no Shopping Total, com a proposta de fugir do cardápio convencional oferecido por grande parte dos negócios do nicho. Carlos Paredes, chef do Bao-zi, natural de Lima, no Peru, trouxe sua origem oriental para criar o cardápio da operação. Neto de chinês, ele apostou no baozi, mais conhecido no Brasil apenas como bao, um tradicional pão recheado cozido no vapor, para atrair a clientela. Com versão salgada e doce decorada com animais fofinhos, o Bao-zi pretende atrair o público porto-alegrense que se interesse pela cultura asiática.
Para abrir a operação, Carlos contou com a parceria de Júlio Quadros, sócio administrativo do negócio. A dupla de empreendedores têm em parceria outros espaços de gastronomia na Capital, a pizzaria Sole e o ISOJ Nikkei Sushi Bar, ambos no Cais Embarcadero. Pela sua origem, Carlos relata que sentia falta da diversidade de lugares com comida asiática no Brasil, que, normalmente, tem um maior foco no sushi, principalmente no Rio Grande do Sul, onde o Bao-zi está sendo pioneiro nesse modelo de fast-food asiático, segundo os empreendedores. O criador do cardápio do negócio admite que a expectativa era que a conquista do público demorasse mais, por conta do produto não ser tão difundido, mas, segundo a dupla, a recepção foi melhor que o esperado.
Os clientes, conta Carlos, associam o bao à animação Kong-fu Panda, em que o pão é o preferido do personagem principal. A referência se conecta ao cardápio de doces do negócio, já que o panda dá formato ao baozi sabor chocolate. A opção se soma ao cardápio doce com outras duas: bao de doce de leite, em forma de ursinho, e queijo com goiabada, um passarinho. O chef explica que a identidade visual e até as cores escolhidas fazem parte de uma demanda do mercado. “Hoje em dia, tudo tem que ser ‘instagramável’, e a ideia de fazer esses minibaos doces com formatos de animais é que seja algo legal e chame atenção. As cores que são características da cultura asiática também, ensinando mais sobre isso para as pessoas e até ao mercado”, destaca Carlos.
O Bao-zi teve um investimento de aproximadamente R$ 500 mil, e os sócios explicam que as receitas são seguidas da forma mais fiel possível das originais, inclusive com os mesmos ingredientes. “Por mais que, hoje em dia, eu possa ser chef ou empreendedor, para sempre vou ser cozinheiro”, afirma Carlos, que além de ter criado o cardápio, não fica fora da cozinha. Os combos partem de R$ 18,00, e o cardápio também conta com algumas opções vegetarianas. Além do carro-chefe do empreendimento, os baos, a marca oferece outras opções como crispy, espetinhos asiáticos, Korean Corn Dog, salsichas coreanas.
Segundo os sócios, o Shopping Total foi escolhido para abrigar a operação para dar mais visibilidade para o negócio. O grande fluxo de pessoas foi a aposta para cativar a nova clientela. “Nossa grande dúvida era de como fazer o pessoal experimentar o nosso produto. Quem experimenta se apaixona, e volta com certeza”, aponta Júlio. Os empreendedores ainda explicam que a disposição do Shopping Total tem um padrão diferente de outros shoppings, segundo eles “lembra o fluxo da rua”, contemplando a temática de comida de rua que o Bao-zi segue.
Já na terceira experiência de empreendimento em conjunto, o Bao-zi também faz parte da rede Nutribem, e os empreendedores relatam a importância de uma boa parceria para o sucesso do negócio. “Acredito que o empreendedorismo que dá certo, é feito de parceiros. Ninguém constrói nada sozinho, é preciso ter pessoas qualificadas e com os mesmos objetivos de crescimento que os teus”, aponta Júlio. “Isso não é uma ideia e um sonho apenas nosso, mas sim de muitas outras pessoas”, acrescenta Carlos.
No futuro, está nos planos dos sócios a expansão da marca. “Esse é um projeto inovador, então a tendência, e o que a gente realmente espera, é que a marca se torne uma franquia, e que a gente possa estar distribuindo para outras regiões de Porto Alegre e para todo o Brasil. Esperamos que com uma estrutura sólida, ele se expanda com mais rapidez”, afirma Júlio. Segundo ele, durante o primeiro ano da marca, o foco é observar, criar um suporte e preparar o Bao-zi para os novos horizontes. O Bao-zi (@baozipoa) opera de segunda-feira a domingo, das 10h às 22h.