Dar uma cara nova a um produto ou serviço já conhecido pode ser uma boa - e criativa - alternativa na hora de abrir o próprio negócio para se destacar no mercado

Empreendedores reinventam produtos e serviços tradicionais para ganhar mercado


Dar uma cara nova a um produto ou serviço já conhecido pode ser uma boa - e criativa - alternativa na hora de abrir o próprio negócio para se destacar no mercado

Entrar em mercados consolidados exige criatividade. Repaginar um produto ou oferecer um serviço conhecido de uma nova forma pode ser uma estratégia para conquistar a clientela. Foi pensando nisso que Fernando Marins abriu a Zi Petit Gateau, confeitaria especializada no item no Bom Fim. O destaque da operação são as novas receitas do bolinho, que é servido em versões de bacalhau e salpicão de frango. No total, são 18 sabores doces e salgados, entre eles cogumelo, alho poró, goiabada, limão-siciliano, doce de leite com coco queimado e chocolate belga.
Entrar em mercados consolidados exige criatividade. Repaginar um produto ou oferecer um serviço conhecido de uma nova forma pode ser uma estratégia para conquistar a clientela. Foi pensando nisso que Fernando Marins abriu a Zi Petit Gateau, confeitaria especializada no item no Bom Fim. O destaque da operação são as novas receitas do bolinho, que é servido em versões de bacalhau e salpicão de frango. No total, são 18 sabores doces e salgados, entre eles cogumelo, alho poró, goiabada, limão-siciliano, doce de leite com coco queimado e chocolate belga.
Fernando esteve à frente do Constantino Café, que fechou pouco antes da pandemia. Empreendendo há mais de 20 anos na gastronomia, ele conta que a ideia de apostar exclusivamente no petit gateau surgiu em função do sucesso que a sobremesa fazia entre a clientela de seu antigo espaço. "O gateau foi um produto que foi se destacando e fazendo sucesso, porque conseguimos chegar em um processo de produção onde ele estabilizou muito a qualidade. A partir daí, começamos a melhorar e as pessoas perceberam isso. No tempo do restaurante aberto, os clientes, às vezes, vinham depois do jantar só para comer a sobremesa. Isso despertou a ideia de que poderia ser um produto exclusivo, o que se oportunizou agora com o encontro desse espaço do Bom Fim", explica Fernando sobre o ponto no número 584 da rua Felipe Camarão onde fica o negócio.
Com investimento de R$ 200 mil, o maior desafio de Fernando, que conta com a parceria de Rafael Lorenzato na gerência do espaço, foi desenvolver a versão salgada do item, conhecido por ser doce. Foram cerca de oito meses para chegar na receita que, hoje, é servida em quatro opções salgadas. "O gateau, em resumo, é um bolinho semicozido. O salgado não poderíamos servir assim porque ele leva fermento. Então, para desenvolver essa receita, fomos buscar elementos e técnicas. Chegamos em um resultado em que ele é úmido não por ser gorduroso, mas por um cruzamento de farinhas que fizemos", destaca Rafael sobre o processo do gateau salgado, que é servido no mesmo formato da versão doce. O de bacalhau, conta a dupla, é o que tem recebido mais atenção dos clientes nos primeiros dias de operação. A versão custa R$ 32,00 e é servida com molho branco cremoso.
Entre os doces, o destaque é o sabor de limão siciliano, que custa R$ 30,00. O empreendedor garante que a receptividade tem sido boa, apesar da estranheza que a novidade causa em alguns clientes. "Se existe uma loja que é uma sorveteria, ela tem só sorvete e vários sabores. É o mesmo conceito, só que com petit gateau", compara. A aposta em um único produto, para a dupla, traz mais vantagens que desafios para a condução da operação. "A segmentação traz excelência, tu consegues desenvolver cada vez mais o produto de forma mais assertiva", diz Rafael. "Quando se faz muita coisa em um restaurante, às vezes escapa alguma coisa no dia a dia. Com um produto só é mais fácil de alcançar a excelência", completa Fernando.
O ponto no Bom fim foi escolhido pelo perfil do bairro, conhecido pelo fluxo intenso de pedestres nas calçadas e por ser uma região adepta a novidades. Além dos clientes, o Zi Petit Gateau foi bem recebido pelos empreendedores do entorno, garante Fernando. "O bairro ser um misto entre comercial e residencial é o segredo para dar certo, tanto para quem mora, quanto para quem empreende, porque gera uma segurança. Cada pequeno espaço cuida da sua loja, arruma sua calçada, ilumina. O morador transita nisso com mais segurança. Isso gera uma convivência espetacular. É um bairro muito particular", diz.
Operando de terça-feira a domingo, das 11h às 20h, o espaço foi pensado para abrigar desde um lanche rápido acompanhado de café até um happy hour com cerveja ou espumante.
 

Espaço para festas reproduz castelo em Porto Alegre

Para se diferenciar das casas de festas convencionais, o Castelo de Festas, como o nome mesmo já diz, busca dar um toque de magia e realeza na realização de eventos. Localizado na avenida Oscar Pereira, nº 3.901, o negócio é tocado pelas irmãs, Danielle Carvalho, 47 anos, que trabalha como psicóloga, e Luciana Carvalho, 42 anos, que é assistente social.
As duas trabalharam no mesmo hospital e tiveram a ideia de criar um espaço de eventos. Danielle conta que a família gosta muito de festa, e, no princípio, a ideia era um espaço simples. Foi Flávio dos Santos Carvalho, 79 anos, pai da dupla, que colocou as mãos na massa para transformar o espaço. "Nós queríamos uma caixa branca para fazer vários eventos, e o meu pai começou a construir. Quando vimos, estava desta forma, um castelo. Todos os detalhes foram feitos por ele. Acabou levando muito tempo, em torno de 10 anos. Isso aqui virou o hobbie e lazer dele", expõe Danielle.
Em 2019, começou a ativação do espaço, com alguns eventos, mas, devido à pandemia, os planos foram pausados. Em 2022, o Castelo de Festas começou a operar oficialmente. O espaço pode ser utilizado e adaptado para as preferências dos clientes e já foi palco de sessão de fotos, casamentos e 15 anos, mas os aniversários infantis acabam se destacando. "Presto muita atenção nas crianças, e, quando elas entram aqui, é lindo de ver, ficam encantadas e acreditam mesmo na magia do lugar", destaca. O espaço, que já era da família e tem em torno de 200 m², é todo decorado na temática. As pinturas das paredes imitam pedras antigas, sem deixar de fora os detalhes dourados, que lembram ouro. Diversos lustres no teto iluminam o ambiente. Danielle ainda conta que o pai comprou um dos lustres, e o restante são réplicas feitas por ele. Cortinas, tapetes vermelhos e vitrais coloridos são mais alguns detalhes pensados para proporcionar a experiência de um castelo. Os pacotes para a locação do espaço variam de acordo com o número de convidados. O pacote simples parte de R$ 3,2 mil. Para o futuro, Danielle revela que já está em curso a expansão do negócio. "Estamos construindo a parte de baixo e estamos muito animados. O espaço do lado também é nosso, e temos planos de trazer ainda mais possibilidades de locais para os eventos", projeta.
"Nós estamos com planos de fazer uma cafeteria, aberta ao público seguindo o tema, com toda a louça antiga", completa Danielle.
 

Marca gaúcha cria cosméticos a partir de azeite de oliva

Há 18 anos atuando na indústria de produção de azeite de oliva, a Estância das Oliveiras, empreendimento familiar com sede em Viamão, inaugurou, neste mês, a primeira loja da marca. O espaço está localizado no Cais Embarcadero, no Centro Histórico, e busca oferecer uma experiência diferente para a clientela, que encontra lá desde os produtos primários, como o próprio azeite de oliva, até outros itens feitos a partir do insumo, como sabonetes, loções corporais e cremes.
A ideia de abrir a loja surgiu como uma forma de aproximar o público da marca, conta André Goelzer, responsável pelo operacional do negócio e mestre de lagar da fazenda, isto é, quem supervisiona todas as etapas de produção do azeite de oliva. Até então, a marca atuava apenas em formato B2B, vendendo os produtos diretamente para outras empresas. "Além de vender os nossos produtos, queremos apresentar o que é feito lá dentro da propriedade. Nosso foco é a experiência, a desmistificação e apresentação de um produto de alta qualidade para as pessoas entenderem as diferenças entre os tipos de azeites", pontua.
O espaço recebeu cerca de R$ 480 mil de investimento e aposta no uso de materiais sustentáveis e biodegradáveis para compor o ambiente, a maioria trazida diretamente da fazenda.
Os produtos da loja variam desde o próprio azeite de oliva, como o Blend Exclusivo, produto premiado em Israel como um dos 10 melhores azeites de oliva do mundo, até a parte de cosméticos. "Estamos entrando forte nesse mercado, agora atuamos com uma gama de 11 opções de cosméticos, mas, até o final do ano, planejamos ter entre 25 e 30 produtos, feitos do azeite de oliva ou do subproduto da extração, no caso a polpa da azeitona", prevê André.
"Também temos a parte de cutelaria, que fazemos com cabos de madeira de oliveira, facas, temos outros da madeira de oliveira, como colheres, tábuas de bruschetta, tábuas para colocar azeite de oliva, pequenas cumbucas, tudo isso com madeira de poda que fomos tendo o cuidado de guardar e trabalhar nela, que é uma madeira sensacional", declara.
A operação abre ao público de terça-feira a domingo, das 11h às 22h, e terá programações destinadas para degustação dos produtos.