Isadora Jacoby

Com torresmo e croquete como os carros-chefes no cardápio, a operação pretende repaginar clássicos brasileiros

Fervo, novo bar do bairro Rio Branco, aposta em brasilidade e drinks autorais

Isadora Jacoby

Com torresmo e croquete como os carros-chefes no cardápio, a operação pretende repaginar clássicos brasileiros

Foco de interesse de novos empreendedores e empreendedoras, o bairro Rio Branco, em Porto Alegre, não para de receber novas operações. Agora, a novidade da região é o Fervo, bar recém-inaugurado na rua Miguel Tostes, nº 553, que pretende unir brasilidade, conforto e, como o próprio nome remete, movimentar ainda mais o entorno. O espaço é comandado pelo casal de cozinheiros Bianca Sartori, 28 anos, e Cristiano Fraga Bonazzoni, 35, que decidiram empreender após uma jornada trabalhando em outros negócios da Capital. 
Foco de interesse de novos empreendedores e empreendedoras, o bairro Rio Branco, em Porto Alegre, não para de receber novas operações. Agora, a novidade da região é o Fervo, bar recém-inaugurado na rua Miguel Tostes, nº 553, que pretende unir brasilidade, conforto e, como o próprio nome remete, movimentar ainda mais o entorno. O espaço é comandado pelo casal de cozinheiros Bianca Sartori, 28 anos, e Cristiano Fraga Bonazzoni, 35, que decidiram empreender após uma jornada trabalhando em outros negócios da Capital. 
A primeira aventura da dupla tocando um bar foi em 2021, quando comandaram a operação noturna de um restaurante do Bom Fim que, até então, servia apenas almoço. Depois de oito meses, o local fechou as portas e impulsionou Bianca e Cristiano rumo a um negócio idealizado por eles. Assim, começou a busca pelo ponto e o Rio Branco já estava na mira do casal. "Estávamos procurando algo nessa região. Conversamos com o Beto, do El Aguante, e ele tinha sugerido a loja do lado, que agora é o Coruja's Pastéis. Passando aqui em frente, vimos esse espaço e entramos para olhar. Parecia uma garagem, mas, quando entramos, nos apaixonamos. É uma casa de 97 anos, tem uma baita identidade e personalidade. Aqui fusionou tudo, misturou a parte mais brasileira que queríamos com a casa superantiga", pontua Cristiano sobre o ponto na Miguel Tostes que abriu as portas há pouco mais de uma semana, ainda com algumas obras acontecendo. "Entendemos que a casa, pela idade dela, nunca vai estar 100%", pondera. 
TÂNIA MEINERZ/JC
O espaço, que comporta cerca de 100 pessoas, conta com um salão principal, um pátio com cadeiras de praia e uma área que estará, em breve, pensada para encontros e momentos mais reservados. O conceito do negócio foi desenvolvido com auxílio da agência Muda Disso, de Canoas, para transmitir a brasilidade, descontração e aconchego desejado pelos sócios. "Fervo foi uma referência do dicionário de Porto Alegre, de sempre estar em movimento. Mas algo que pensamos muito na criação foi o conforto do cliente, da equipe, da bebida gelada, da comida ser fácil, boa", garante Bianca sobre a operação. 
Para se diferenciar em uma região tão pujante e cheia de novidades, a dupla buscou oferecer itens diferentes dos encontrados por lá. "Optamos por não ter cerveja 600ml e focar no chope. As porções são todas para compartilhar, não tem nada individual. Pensando que sempre teremos grupos grandes, por causa do espaço, e também pela identidade. Uma pessoa não faz um fervo sozinha", diz Cristiano, que, no cardápio, aposta em versões de clássicos brasileiros. "Os carros-chefes são o croquete de carne de panela defumada, bem cremoso, e o torresmo com ketchup de goiabada. Pegamos como referência o boteco Brasil, mas tentamos dar uma repaginada", explica o empreendedor.
TÂNIA MEINERZ/JC
Operando há poucos dias, o negócio ainda está encontrando seu formato e os sócios estão abertos para entender as demandas da clientela da região. "A gente não quis definir nada porque, com a outra experiência que tivemos, vimos que é muito o cliente que molda. Queríamos trazer esse diferencial de atender o público como ele precisa ser atendido. Vimos que os clientes se adaptaram as cadeiras de praia, por ser bem simples. Mas pode ser que mude. Na calçada, tem ficado muitas pessoas de pé. Fiquei surpreendido, mas deu certo. A galera entendeu a proposta e fica onde está confortável", pondera Cristiano. 
 
Outro destaque do cardápio são os drinks, que seguem a premissa dos petiscos com versões criativas e brasileiras de clássicos da coquetelaria. Um dos destaques, contam os sócios, é o drink Pokas. "É um negroni com o gin infusionado com um café da região de São Paulo. Ele vai uma bala de isomalte com o grão de café e raspas de laranja. Come-se a balinha e ela intensifica os sabores da bebida", explica o empreendedor sobre o drink que custa R$ 32,00. O gin usado na receita é da marca Believer Gin, produzido no Estado e feito à base de pinhão. Trazer referências locais, aliando à brasilidade, é uma das missões do negócio. "Quando falamos sobre fazer coisas brasileiras, o nosso primeiro obstáculo foi as pessoas olharem e perguntarem se teria moqueca. A gente acha que pode ter isso, mas que seja fusionado com a nossa cultura ou com mais produtos locais. As pessoas falam de Brasil e esquecem do Rio Grande do Sul, então quero focar nisso nos pratos. Temos a violinha com batata frita, que é a cara do litoral gaúcho, temos uma tapioca, que é símbolo do norte e nordeste, que é recheada com dois queijos de Caxias do Sul. As pessoas comem e conseguem fazer essa viagem de misturar o Brasil fora do óbvio", acredita Cristiano. 
Em soft opening, o Fervo opera de terça-feira a sábado, das 18h às 23h30min. 
TÂNIA MEINERZ/JC
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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