O turismo voltado para aventura ganha força em Torres e é a aposta de muitas pessoas na hora de empreender na região

Instrutor comanda escola de parapente e forma pilotos em Torres


O turismo voltado para aventura ganha força em Torres e é a aposta de muitas pessoas na hora de empreender na região

Nem só de gastronomia e hospedagem são feitos os negócios com foco no turismo em Torres. Se você estiver na beira da praia, basta olhar para cima para ver que o empreendedorismo por lá voa alto. Isso porque, além do balonismo, esporte tradicional na região que conta, há 33 anos, com um festival dedicado à prática, o céu é colorido por outras asas. Os saltos de parapente, modalidade que se desdobra no paraglider, paramotor e paratrike, tornaram-se um parada obrigatória no Morro do Farol para os turistas que vão à cidade em busca de aventura.
Nem só de gastronomia e hospedagem são feitos os negócios com foco no turismo em Torres. Se você estiver na beira da praia, basta olhar para cima para ver que o empreendedorismo por lá voa alto. Isso porque, além do balonismo, esporte tradicional na região que conta, há 33 anos, com um festival dedicado à prática, o céu é colorido por outras asas. Os saltos de parapente, modalidade que se desdobra no paraglider, paramotor e paratrike, tornaram-se um parada obrigatória no Morro do Farol para os turistas que vão à cidade em busca de aventura.
Um dos empreendedores que aposta no esporte como negócio é Miguel Euzébio da Silva. Desde 2011, ele comanda a XFly, escola que forma pilotos e também faz voos para turistas na região. Miguel conta que o negócio surgiu depois de sua primeira experiência no empreendedorismo. "Comecei a praticar há 17 anos. Era sócio de uma padaria com duas lojas em Torres. Em 2011, começaram problemas de sociedade, que era em família, então achei melhor me afastar da empresa", lembra. "Inicialmente, ia abrir um negócio do mesmo ramo, mas como eu voava, tinha essa paixão por voar, já estava iniciando essa história de dar aulas, tinha dois alunos. Quando sacramentamos, em março de 2011, que não era mais sócio, comecei a não trabalhar mais. Digo que me aposentei em 2011, porque vivo praticando esporte", brinca Miguel sobre a identificação com a rotina à frente da XFly.
LUIZA PRADO/JC
Hoje, para encontrar o empreendedor, basta passar no Mirante do Morro do Farol, onde ele está todos os dias, fazendo voos para turistas e também formação para quem deseja praticar o esporte de forma profissional. O parapente é o formato da asa, explica o instrutor, e as modalidades se diferem pela maneira como é feito o voo. "Se você falar que voou de paraglider, é voo livre, sem motor. E tem o paratrike, que é o parapente como forma de asa, só que decolamos em um carrinho, um triciclo com um motor mais potente", explica sobre a modalidade, que é diferente do paramotor. Todas as experiências dependem do clima, mas, especialmente, o voo livre, que precisa de uma condição ideal de vento e custa R$ 300,00. Já o voo de paramotor custa R$ 350,00 e o paratrike, R$ 400,00. O último é o único que precisa necessariamente ser agendado previamente. "O principal contato é aqui mesmo, o point do voo, as pessoas nos procuram direto no Morro do Farol", conta Miguel, que agenda os passeios pelo Instagram (@xfly_aerodesporto).
Apesar de apontar as dificuldades de ter um negócio na área, Miguel celebra o reconhecimento e o mercado conquistado ao longos dos anos. "Em 2018, fui premiado como a escola que mais formou pilotos no Brasil", orgulha-se. Para ele, o melhor de empreender na área é entender que uma profissão não deve ser construída apenas em cima do retorno financeiro. "Tem muita gente que gasta todo tempo do mundo para ganhar dinheiro, e, depois, tem que gastar todo dinheiro para retomar o tempo ou a saúde que perdeu para ganhar dinheiro", pondera. 
 

A vista lá de cima

Já passei por muita coisa em um ano e meio de GeraçãoE. Tenho uma coleção de histórias e experiências que cansa os ouvidos de quem convive comigo, mas ter voado de paraglider é, de longe, a melhor (e mais doida) de todas que já vivi por aqui. Com voo ou sem, o dia de produção do especial de verão é sempre alegre, uma pausa na rotina agitada da redação, e esse conseguiu ser ainda mais incrível.
Entre o convite para voar e, de fato, estar voando, foram rápidos cinco minutos. Não tive nem tempo de sentir medo. A experiência começou o Miguel, querido instrutor que nos recebeu tão bem, me ensinando a vestir o equipamento e sinalizando o que era cada item, parte que não assimilei muito bem por conta do nervosismo. Foi tudo tão rápido que, quando percebi, já estava no céu. A "viagem" em si foi muito tranquila, tanto que até fiz algumas selfies e vídeos lá em cima. É uma vista lindíssima, única, na verdade, que causa uma sensação verdadeira de paz. Recomendo a experiência para todo mundo que tem vontade, não tem como se arrepender. E não deixa de conferir o vídeo completo de como foi essa experiência lá no Instagram do GeraçãoE, hein?