Isadora Jacoby

O espaço, que tem como carro-chefe a casquinha de siri, recebe visitantes de todo Estado

Cantinho do Pescador é referência há 49 anos em Torres

Isadora Jacoby

O espaço, que tem como carro-chefe a casquinha de siri, recebe visitantes de todo Estado

É às margens do rio Mampituba, próximo da Praia dos Molhes, onde acontece o encontro das águas doces com o mar, que opera um dos espaços mais tradicionais e queridos pelos veranistas de Torres. Desde 1973, o Cantinho do Pescador oferece um cardápio de frutos do mar, tendo a casquinha de siri como carro-chefe. Tudo isso com uma vista de tirar o fôlego que atrai veranistas e turistas de diversos pontos do País.
É às margens do rio Mampituba, próximo da Praia dos Molhes, onde acontece o encontro das águas doces com o mar, que opera um dos espaços mais tradicionais e queridos pelos veranistas de Torres. Desde 1973, o Cantinho do Pescador oferece um cardápio de frutos do mar, tendo a casquinha de siri como carro-chefe. Tudo isso com uma vista de tirar o fôlego que atrai veranistas e turistas de diversos pontos do País.
Rose Mesquita comanda o negócio, que foi fundado há 49 anos por Moacir, um pescador que tinha um pequeno quiosque onde hoje funciona o amplo salão com varandas que acomodam as mesas na esquina que faz frente para o rio e para a praia. "Ele jogava a tarrafa aqui em frente, pegava a tainha e já vendia para o pessoal. Começou assim e foi crescendo", conta Enoir da Silva Rosa Junior, gerente do negócio. Hoje proprietária, Rose entrou como auxiliar de cozinha e, em 1994, comprou a operação com três outros sócios. Desde 2005, é o único nome à frente do restaurante.
Apesar disso, ela conta com uma equipe engajada e identificada com o propósito do negócio. Júnior, gerente há um ano, conta que começou a trabalhar no Cantinho há oito anos para um emprego temporário durante a temporada. "Entrei como copeiro e era só para ser o verão. Só que me destaquei e tive oportunidade de ficar. Em um ano, virei caixa, depois líder de setor e, agora, gerente. É como se fosse um concurso público. É o melhor lugar para se trabalhar", garante Júnior, que tem boas expectativas para este verão, que deve ser o primeiro a registrar o mesmo número de veranistas do período pré-pandemia.
LUIZA PRADO/JC
Mesmo com um mercado pulsante no setor gastronômico, Júnior acredita que o Cantinho do Pescador ainda mantém um lugar cativo no coração da clientela, que passa de 1 mil pessoas por dia durante a temporada de verão. "Hoje em dia, tem muitos restaurantes que estão correndo atrás, mas ainda tem uma boa diferença. Pegamos todo o pessoal de Caxias do Sul, Porto Alegre e o sul catarinense, como Araranguá, Criciúma e Sombrio", conta o gerente. "Os cânions estão dando uma expandida também, junto com o balonismo, então vem muita gente de fora. Nossa praia é diferenciada das outras do Rio Grande do Sul e fica num ponto estratégico entre duas capitais, Porto Alegre e Florianópolis", percebe.
Um dos diferenciais do Cantinho do Pescador, acredita o gerente, é abrir todos os dias, das 11h à meia-noite, o ano todo, o que nem sempre é comum em negócios do Litoral. "Se é um inverno chuvoso, em uma segunda-feira, às 16h, pode vir que está aberto, com cardápio completo para escolher", exemplifica Júnior, que destaca a casquinha de siri e o Linguado Cantinho, que acompanha camarão e pirão, como os carros-chefe do negócio. A casquinha, aliás, tem lugar cativo no coração de clientes renomados na gastronomia. "Recebemos a visita da Maria Antonia, vencedora do Masterchef de 2018. Ela vem aqui de vez em quando, conversamos, mas depois chamamos ela para uma reunião, ela aceitou na hora, porque, quando era mais nova, veraneava na casa de uma tia em Torres e sempre vinha aqui. E ela adora a casquinha de siri. Foi um momento muito legal, cozinhou para o pessoal da equipe, fez um risoto cítrico", conta.
Apesar de ser porto-alegrense, Júnior se considera bicuíra, como define, por viver na praia desde criança. Para ele, o melhor de trabalhar e morar no Litoral é a qualidade de vida. "No intervalo sai, bota um calção, e dá um pulo na praia. Tem a brisa do mar, que é diferente de estar em Porto Alegre", pontua o gerente.
Para ele, Torres une o melhor dos dois mundos: a calmaria de uma cidade praiana, com a brisa do mar batendo, mas com uma boa estrutura de cidade, tornando um espaço pujante também para os negócios. "Torres é um local de prosperidade, sossego e muito trabalho. O verão vem para somar, estamos prontos para receber os clientes. Recebemos todos de braços abertos, dando a melhor experiência gastronômica que o Cantinho tem a oferecer", garante.
 
LUIZA PRADO/JC
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Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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