Café orgânico, tortas saborosas, uma playlist de samba e MPB e muitas plantas. Esse é Café Botânico, negócio que abriu em outubro deste ano na Cidade Baixa, em Porto Alegre. O empreendimento familiar é tocado pelas irmãs Francielen Nunes, de 29 anos, e Meri Nunes, de 34.

Fran conta que adquiriu muita experiência com o público trabalhando, por nove anos, como comerciante de vestuário feminino. “Comecei minha carreira trocando com gente mesmo, e, ao longo dos anos, quando estava com 26, começou a me bater a vontade de ter meu próprio negócio”, comenta a empreendedora, que acrescenta como o trabalho no setor de vendas é algo desgastante e que exige muito tempo. Esses foram alguns dos motivos que fizerem com que Fran começasse a embarcar na jornada de ser sua própria chefe e criar um negócio. Ela é estudante de Moda, e, apesar de não pensar em seguir a profissão, a cafeteria carrega, na decoração e conceito, um pouco dessa experiência.

Meri, irmã mais velha, entrou na história no momento que Fran decidiu abrir um negócio. Ela trabalhou durante 10 anos em um café na zona sul de Porto Alegre. Por isso, já sabia de muitos detalhes cruciais para o crescimento e funcionamento de um empreendimento do tipo. “Entrei como atendente, depois fui barista, até que fiquei no caixa. Então a Fran me falou dessa vontade de abrir o café e me disse ‘se você não vier comigo, eu não faço’, e eu fui”, explica Meri. As sócias notaram a falta de uma cafeteria na região da rua Joaquim Nabuco, nº 384, onde fica o Café Botânico, e perceberam uma oportunidade. Fran é moradora do bairro e afirma que os clientes comentam sobre a falta que fazia um negócio do tipo por ali. Por isso, as irmãs têm a certeza que escolheram o ponto certo.

A irmã caçula comenta que a ideia de abrir o café surgiu há dois anos, tempo que ela passou organizando e economizando para colocar o projeto em prática. “Procurei trabalhar em alguns cafés antes de abrir para ter uma noção de como fazer, eu não tinha nenhuma, é tudo muito novo, estou estudando agora, a Meri me ensina muito. Cuido mais da parte administrativa, mas faço de tudo um pouco, nós fazemos tudo juntas”, explica, e Meri acrescenta que ter experiência na área faz diferença no dia a dia. “Tudo é prática. E a força de vontade que temos de aprender, de querer oferecer para o cliente o melhor café, a melhor torta, tudo fresquinho, assado na hora, fazemos isso para melhorar cada vez mais”, afirma Meri.

As sócias contam que estão muito satisfeitas com o retorno dos clientes, e para elas, a maior satisfação é ver que muitos deles retornam. Com apenas dois meses de operação, a dupla garante que ainda há muito trabalho para fazer e muitas coisas para acrescentar, mas que a boa receptividade do público as motiva a continuar. “Tem gente que todo fim de semana vem com a família, os vizinhos que passam por aqui, acabamos conhecendo as pessoas”, diz Meri. Os pets são bem vindos e ainda podem desfrutar de uma água gelada.

Fran destaca um detalhe que, para ela, um dos diferenciais do espaço está nas mesas, que possuem um livro sobre música e cultura. “Eu amo esses livros, amo música brasileira, por isso achei importante trazer isso para o café, muitos clientes até pegam os livros e levam para casa, depois trazem, outros deixam marcado na página que pararam e, quando voltam, sentam na mesa que tem o mesmo livro para continuar a ler, acho que isso combina com a vibe do bairro também, além das plantas, desse refúgio verde”, afirma a sócia.

O Café Botânico opera de segunda a quinta-feira, das 14h às 20h, de sexta-feira a sábado, das 10h às 22h e nos domingos e feriados das 14h às 22h.