Adrielly Araújo

Além das plantas, a Dois Irmãos vende os acessórios e insumos necessários para o plantio das plantas

Pai e filha consolidam floricultura presente na Restinga há 30 anos

Adrielly Araújo

Além das plantas, a Dois Irmãos vende os acessórios e insumos necessários para o plantio das plantas

A Floricultura Dois Irmãos foi fundada em 1991 por Linomar Costa, pai da atual proprietária da operação, Kelly Costa, 39. O espaço, que tem cerca de um hectare, conta com uma loja e uma estufa e fica localizado na avenida Ignes Fagundes, nº 161, no bairro Restinga.
A Floricultura Dois Irmãos foi fundada em 1991 por Linomar Costa, pai da atual proprietária da operação, Kelly Costa, 39. O espaço, que tem cerca de um hectare, conta com uma loja e uma estufa e fica localizado na avenida Ignes Fagundes, nº 161, no bairro Restinga.
Formada em administração, a empreendedora aprendeu a arte de cuidar das plantas com o pai desde criança. "Meu pai trabalhou na floricultura até 2009, quando decidiu se mudar para um sítio em Viamão, porque não queria mais trabalhar com o público. Então o espaço ficou fechado, porque na época eu trabalhava e estudava fora do bairro, mas sempre tive aquela vontade de empreender. Um dia, parei e olhei esse espaço fechado, se deteriorando, e decidi reabrir", conta.
ISABELLE RIEGER/JC
Em 2012, Kelly fez uma reinauguração do espaço e percebeu a volta dos mesmos clientes dos pais. "Não me vejo trabalhando de outra forma. Se eu sair daqui, for embora, vou continuar trabalhando com flores", acredita a empreendedora.
Trabalhando sozinha, Kelly sabe de cor todas as etapas do negócio. "As pessoas até querem cuidar de plantas, mas não querem estar suadas, sujas de terra. Nessa área, nunca fiz cursos. Tudo que eu sei, foi vendo meus pais fazendo e ajudando. Hoje, procuro bastante informação na internet ou com o meu pai, ele sabe muito sobre plantas", orgulha-se.
Morando do lado da operação, ela conta que estar tão perto do trabalho é um ponto positivo. "Tenho tempo para cuidar dos meus pets, que eu adoto da rua, e é uma delícia, tem sempre muitos passarinhos. Claro que nós temos dificuldades como todo empreendedor. Não existe uma base de dinheiro a receber por mês, tem tempo que é muito ruim. No nosso caso, depende muito do clima, se é muito chuvoso, quem vai comprar planta no frio? Elas não crescem, é mais difícil de cuidar. E nos 40°C em janeiro e fevereiro? Está todo mundo na praia. É um trabalho que precisa se programar, fazer reservas", afirma.
 
Linomar ainda trabalha com plantas em seu sítio em Viamão e, com ajuda do marido de Kelly, ele cuida das maiores que estão disponíveis na floricultura. "Aqui no bairro, nós, empreendedores, temos uma troca muito grande. Acredito que a renda precisa girar aqui dentro. Estamos num lugar muito distante do centro e não tem por que sair para comprar se nós temos tudo aqui. 95% dos meu clientes são do bairro e a floricultura não é tão conhecida. Pelo menos uma vez por semana vem alguém dizendo que nunca tinha vindo aqui, isso acontece porque muitas pessoas trabalham e vivem fora da Restinga", explica.
De acordo com Kelly, a maior parte dos seus clientes são pessoas da terceira idade, que gostam de ir até lá não só pelas plantas, mas também para conversar. O espaço funciona de segunda a sábado, das 9h às 12h e das 13h30min às 18h. "Essa troca é muito boa. O que mais compram aqui na Restinga são pés de árvores frutíferas e plantinhas com flores. Os preços delas variam de R$ 2,00 até R$ 850,00", aponta.
Estão disponíveis na loja, além de plantinhas de todos os tipos, como palmeiras e suculentas, adubos variados, vasos de polietileno, de plástico, de barro e até autoirrigantes e produtos antipragas. "Sempre explico para os clientes que as plantas são alimentadas com adubo diariamente, elas precisam disso", ensina.
 
ISABELLE RIEGER/JC
Adrielly Araújo

Adrielly Araújo - estagiária do GeraçãoE

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Adrielly Araújo - estagiária do GeraçãoE

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