Duda Guerra

O negócio firma parceria com outros empreendimentos da Capital para a realização de eventos

Bar da Cidade Baixa atua como ponto de encontro para os movimentos pretos de Porto Alegre

Duda Guerra

O negócio firma parceria com outros empreendimentos da Capital para a realização de eventos

Marla Cruz, 32 anos, mora em Porto Alegre, mas nasceu na Bahia e foi criada em São Paulo, além de ter passado um período morando na Europa. Formada em Direito e mãe da Martina, de nove anos, ela comanda, junto com o marido James, o Odara Bar, espaço que se tornou, de acordo com ela, um ponto de ocupação da comunidade preta da Capital.
Marla Cruz, 32 anos, mora em Porto Alegre, mas nasceu na Bahia e foi criada em São Paulo, além de ter passado um período morando na Europa. Formada em Direito e mãe da Martina, de nove anos, ela comanda, junto com o marido James, o Odara Bar, espaço que se tornou, de acordo com ela, um ponto de ocupação da comunidade preta da Capital.
A advogada teve algumas experiências trabalhando em escritórios depois de formada, mas nunca se identificou com a área. Chegou a aceitar uma proposta de emprego em Brasília, em 2021, mas, mesmo de longe, a vontade de ter o próprio negócio falou mais alto. "Queria abrir alguma coisa, tinha pensado em um café ou um bar. Como eu sempre morei aqui na Cidade Baixa, sou uma pessoa boêmia, progressista, e o bairro me traz essas características, eu optei pelo bar", afirma.
Marla contatou uma amiga, Alice Arnhold, para montar uma sociedade. Então, as duas se juntaram e idealizaram o Odara Bar, que significa 'Beleza Negra', nome que escolheram a dedo. Alice, então, saiu a procura de um espaço para a construção do negócio. A ideia era ser um ambiente pequeno, mas confortável, que comportasse o samba com feijoada, que Marla fazia questão de colocar em prática. Localizado na rua João Alfredo, nº 555, toda a estrutura do bar foi feita em apenas 10 dias. "Nós fizemos toda a reforma, ele estava todo destruído, mas fizemos como dava", conta Marla, que voltou para Porto Alegre em 2022.
LUIZA PRADO/JC
A sociedade das amigas durou dois meses e Marla assumiu o negócio com a ajuda do marido. "Ela só queria me ajudar a começar o negócio, disse que eu tinha que tocar sozinha porque é a minha cara, cada canto desse lugar tem alguma coisa minha", comenta.
Sobre os ideais expostos nas paredes do bar, Marla explica que tudo aconteceu de maneira natural. "A princípio, eu não tinha a ideia de levantar a bandeira de ser um bar para os movimentos pretos de Porto Alegre, ou como um local de ocupação, mas o logo, o nome, ter uma mulher preta atrás do galpão, isso fez com que os movimentos me procurassem muito, e acabou que se ocupou de uma forma natural, então quem me ajudou até esse momento foram os movimentos negros daqui", afirma a proprietária, que cita algumas parcerias feitas, como a Arte Suburbana, que realizou um evento no bar.
LUIZA PRADO/JC
A empreendedora destaca que, apesar de o bar ter se tornado um espaço de ocupação da comunidade, ele recebe todas as pessoas que, de alguma forma, apoiam e se identificam com as causas levantadas pelo empreendimento, como a comunidade LGBTQIAP .
O bar realiza alguns eventos, que são previamente avisados no perfil do Instagram (@odarabarpoa). Alguns desses encontros são dias especiais para divulgar a cultura de outras regiões do Brasil, como Bahia e Pará. O Odara funciona de terça a quinta-feira, das 18h a meia-noite, na sexta-feira, das 18h às 1h30min e sábado, das 18h às 2h30min.
LUIZA PRADO/JC
Duda Guerra

Duda Guerra - estagiária do GeraçãoE

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