Duda Guerra

A escola possui um projeto social que leva a dança para crianças de baixa renda

Centro artístico em Viamão é campeão brasileiro de Pole Dance

Duda Guerra

A escola possui um projeto social que leva a dança para crianças de baixa renda

Quando a paixão se transforma em propósito de vida. Susi Alves é educadora física e sempre foi envolvida com arte, mas foi na faculdade que ela começou a se relacionar com a dança. Depois de formada, a professora percebeu uma carência de um centro artístico em Viamão, por isso, em 2017, ela abriu o próprio estúdio.
Quando a paixão se transforma em propósito de vida. Susi Alves é educadora física e sempre foi envolvida com arte, mas foi na faculdade que ela começou a se relacionar com a dança. Depois de formada, a professora percebeu uma carência de um centro artístico em Viamão, por isso, em 2017, ela abriu o próprio estúdio.
"Acredito que Viamão é uma potência, tem profissionais incríveis aqui, mas infelizmente existe essa necessidade, se tu quer fazer algo legal tem que ir até Porto Alegre. O que eu mais escutei quando abri o estúdio é que sou uma profissional para a Capital, mas é aqui na minha cidade que eu quero ver as pessoas fazendo arte", afirma. No início do negócio, o espaço tinha capacidade máxima para oito alunos e, além da dança, Susi também dava aulas de treinamento funcional. Com o aumento das academias focadas no crossfit, a professora entendeu que essa modalidade não era mais uma necessidade, por isso, resolveu focar apenas nos estilos de dança.
A empreendedora percebeu que muitas pessoas começavam a praticar o esporte visando emagrecer, e esse fato começou a incomodar a profissional, que tinha como principal objetivo mostrar a arte da dança e do pole dance para o público. "Aqui, o nosso foco é que a pessoa se aceite, que desenvolva autoestima, para mostrar que qualquer corpo é capaz de fazer essas coisas", comenta a educadora física.
 
LUIZA PRADO/JC
Durante a pandemia, Susi começou a pensar em alternativas para levar a atividade física até a casa dos clientes, e a solução foi fazer lives gratuitas no Facebook, dando aulas de alongamento e de algumas modalidades da dança. Há um ano, o negócio se mudou para um estúdio maior, localizado na avenida Liberdade, nº 1932, possibilitando que a escola ofereça outras modalidades do esporte, incluindo aulas de pole dance e acrobacias no tecido para qualquer pessoa acima de quatro anos.
Susi conta que no meio da pandemia, uma de suas alunas participou do campeonato brasileiro de Pole Sport, modalidade que foca no movimento e nas acrobacias na barra. Desde então, outras estudantes começaram a demonstrar interesse pela competição. "Nesse ano levei uma atleta para a Pole Artístico, e aí fomos para Santa Catarina, com o apoio dos outros negócios aqui de Viamão. Ela ganhou medalha de ouro e teve a melhor nota do campeonato brasileiro individual, além de ganhar vaga para Cancún", diz.
A empreendedora explica que, devido aos altos custos, não foi possível levar a aluna até a competição no exterior, mas que esse fato não abalou a estudante, nem a professora, já que ambas estavam focando no novo projeto desenvolvido pelo Centro Artístico: uma ONG que busca levar a arte da dança para crianças de baixa renda. "Faz alguns meses que estamos com esse projeto social, não temos ajuda de ninguém e já são 60 adolescentes recebendo aulas de acrobacias", comenta Susi.
LUIZA PRADO/JC
A educadora física explica que o trabalho surgiu quando ela percebeu que algumas jovens tinham um grande potencial para praticar aulas de pole dance, mas que por conta do preconceito com a modalidade, muitos pais eram negativos a ideia. Para tentar solucionar essa questão, ela montou uma turma de pole juvenil com mensalidade de R$ 50,00, preço bem abaixo das outras aulas, para ver se os responsáveis pelos alunos se sentiriam confortáveis com o valor mais acessível. "Eu comecei a ter muitos adolescentes interessados, e a maioria era da rede pública de ensino, e foram surgindo vários talentos nas turmas, então eu pensei que se esses jovens que podem pagar esse valor já são promissores, imagina se os que não conseguem pagar também pudessem ter acesso", diz Susi.
Atualmente, ela conta com 10 profissionais na empresa, entre professores, estagiários e administrativo. O negócio funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 21h, e nos sábados das 10h às 18h.
 
Duda Guerra

Duda Guerra - estagiária do GeraçãoE

Duda Guerra

Duda Guerra - estagiária do GeraçãoE

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