Duda Guerra

A loja recebe clientes de várias regiões da Capital, mas a maioria é residente do bairro

Com foco no vintage, brechó mira na conexão com o público do Bom Fim

Duda Guerra

A loja recebe clientes de várias regiões da Capital, mas a maioria é residente do bairro

"Nos encontramos por afinidade do negócio." É dessa maneira que Ana Lia Teixeira define o começo da Pandora Brechó, empreendimento voltado para a venda de peças de roupas vintage que funciona há seis anos em Porto Alegre.
"Nos encontramos por afinidade do negócio." É dessa maneira que Ana Lia Teixeira define o começo da Pandora Brechó, empreendimento voltado para a venda de peças de roupas vintage que funciona há seis anos em Porto Alegre.
O negócio é tocado por três amigas, Ana, Janaina Kiesling Braga e Silvia Palmarante. Todas já eram envolvidas com o garimpo de roupas e, em 2017, decidiram se unir para construir o próprio brechó, focando na qualidade das peças e nos preços acessíveis para o público que procura vestimentas retrô. "Queríamos estabelecer o negócio como um espaço colaborativo, porque as três possuem suas peças, mas dividimos o trabalho e as despesas" explica Ana.
Apesar de ter mudado de ponto em 2020, no meio da pandemia, o brechó sempre esteve no Bom Fim, decisão que partiu das sócias pelo bairro ter características que se encaixam com os valores do negócio. "O Bom Fim tem tudo a ver com brechó, o ambiente, as pessoas que circulam, tudo conversa com o tipo de negócio que temos. E também porque moramos aqui, então conhecemos muito bem como funciona o bairro e como são as pessoas", comenta Ana.
 
LUIZA PRADO/JC
Janaina acrescenta que, apesar de receberem muitos clientes que são de outras regiões, a maior parte das pessoas que frequentam a loja com regularidade são do Bom Fim. "Nos fins de semana, vem muita gente de outros lugares, mas, na semana, é basicamente pessoal do bairro, da faculdade, muita gente que vem na Lancheria do Parque também", diz sobre o negócio vizinho.
A mudança de ponto veio porque as sócias queriam um lugar mais movimentado. Por isso, quando descobriram que o número 1.094 da avenida Osvaldo Aranha estava livre, decidiram mudar de endereço mesmo com as dificuldades enfrentadas pela pandemia. Para elas, continuar no Bom Fim era necessário, mas estar em uma região mais bem localizada, próxima da Redenção e de outros negócios clássicos da região também era essencial. "Conseguimos atravessar a pandemia basicamente porque trocamos de lugar. Se tivéssemos ficado no antigo ponto, as coisas seriam mais difíceis", comenta Ana.
As empreendedoras acreditam no crescimento do setor de brechós em Porto Alegre, o que, na opinião delas, é bom para todos os negócios do segmento. Janaina destaca que o público está começando a ter uma nova visão sobre o negócio, que, antes, segundo ela, era visto com um certo preconceito. "O brechó tem benefícios para todos. A economia circular, a sustentabilidade, tudo isso é importante e nos identificamos muito", afirma Ana. As sócias procuram as roupas garimpando em cidades do interior do Estado e na internet, não aceitam nenhum tipo de troca na própria loja, para seguir com o foco do negócio. "Temos peças específicas. Não são peças que o público no geral tem. O nosso garimpo é muito difícil, são itens complicados de achar, mas são três olhares diferentes, o que é uma vantagem", explica Janaina.
O plano para o futuro é aumentar o tamanho da loja, porque o espaço está sendo um desafio para o negócio, mas ainda sem previsão para acontecer.
LUIZA PRADO/JC
 
Duda Guerra

Duda Guerra - estagiária do GeraçãoE

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Duda Guerra - estagiária do GeraçãoE

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