Giovanna Sommariva

Alunas do segundo ano do Ensino Médio pretendem comercializar o produto

Estudantes de Gravataí criam copo que identifica a presença de drogas

Giovanna Sommariva

Alunas do segundo ano do Ensino Médio pretendem comercializar o produto

Foi dentro da sala de aula, na disciplina de matemática, que as jovens Giovanna Freitas, Giovanna Moraes, Natally Souza e Nicolli Marques foram desafiadas a criar algo que pudesse ajudar outras pessoas. A partir daí, nasceu o Keep Safe, copo detector de ácido gama-hidroxibutírico, mais conhecido como ghb ou até 'boa noite, Cinderela'.
Foi dentro da sala de aula, na disciplina de matemática, que as jovens Giovanna Freitas, Giovanna Moraes, Natally Souza e Nicolli Marques foram desafiadas a criar algo que pudesse ajudar outras pessoas. A partir daí, nasceu o Keep Safe, copo detector de ácido gama-hidroxibutírico, mais conhecido como ghb ou até 'boa noite, Cinderela'.
"Começamos pesquisando sobre o que poderíamos mudar no mundo. Descobrimos esse grande índice de vítimas por entorpecentes em festas e começamos a pensar em como criar algo que pudesse ajudá-las", lembra Giovanna Freitas. De acordo com o grupo, em Porto Alegre existem três casos de mulheres que relataram terem sido drogadas e, até o momento, as investigações não foram concluídas. "Nosso objetivo é oferecer uma forma dessas mulheres comprovarem o que aconteceu", pontua Natally.
O que faz com que o copo identifique a substância é um reagente, posicionado na base, que, quando entra em contato com o ghb, muda de cor, alertando sobre a presença do entorpecente. "Alguns reagentes podem ser tóxicos, então, estamos pesquisando a forma mais segura para desenvolver", informa Natally.
LUIZA PRADO/JC
Durante o início das pesquisas, o grupo decidiu por usar o polipropileno como material principal para a fabricação do copo. "É biodegradável e sustentável, foi o melhor custo benefício que encontramos, então vai ser um valor alto, mas nada absurdo", projeta Giovanna.
A ideia inicial era que o produto fosse comercializado apenas em bares e casas noturnas, mas, com receio de que o objetivo acabe não sendo cumprido, as estudantes optaram por ter um ponto de venda próprio. "Sabemos que existem casos de quem trabalha nas festas se envolver nessas situações, então pretendemos vender nesses locais, mas também ter outro ponto, assim também garantimos o direito sob a nossa marca", diz Natally.
As integrantes do grupo lembram o primeiro momento em que apresentaram o projeto e agradecem pelo apoio recebido. "Convidamos nossa professora para ser orientadora do projeto, e ela já começou a falar em criar uma empresa e comercializar o copo, além de fazer propaganda para todo mundo", comenta Giovanna. "É uma sensação muito gratificante, porque, se der certo, é algo que realmente vai ajudar muita gente e, quem sabe, até mudar os altos índices de ocorrências", acrescenta.
As estudantes do Sesi Gravataí, sob orientação dos professores Rafael Abruzzi e Aline Brum, contam que conseguiram alguns patrocinadores, mas seguem em busca de mais apoio. "Não podemos fazer tudo dentro da escola, então pretendemos terminar as pesquisas, levantar os valores necessários e conseguir patrocinadores que nos ajudem a tocar esse projeto", expõe Giovanna.
LUIZA PRADO/JC
Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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