Isadora Jacoby

Com a família atrás do balcão, o negócio celebra a chegada de novas operações à rua

Com 26 anos de história, Miau da Cabral é referência no Rio Branco

Isadora Jacoby

Com a família atrás do balcão, o negócio celebra a chegada de novas operações à rua

Há 44 anos, a família de Senilda Imhoff, 66, empreende no mesmo ponto na esquina das ruas Cabral e Miguel Tostes. O espaço, que no início abrigava um mercadinho com açougue, é conhecido, desde 1996, como Miau da Cabral, local especializado em espetinhos que se tornou referência no bairro Rio Branco. 
Há 44 anos, a família de Senilda Imhoff, 66, empreende no mesmo ponto na esquina das ruas Cabral e Miguel Tostes. O espaço, que no início abrigava um mercadinho com açougue, é conhecido, desde 1996, como Miau da Cabral, local especializado em espetinhos que se tornou referência no bairro Rio Branco. 
Hoje, Senilda toca o negócio ao lado dos filhos Alexsander e Cláudia Imhoff, e celebra a existência do negócio ao longo dos anos. Para ela, o segredo é a simplicidade e a capacidade de resistir nos momentos adversos, como a pandemia, quando o negócio reduziu pela metade seu espaço físico. "Não deixamos a peteca cair. Diminuímos bastante nosso bar, mas estamos aí tentando ficar de pé. Já caímos, já levantamos e assim estamos indo", orgulha-se. 
LUIZA PRADO/JC
O trio lembra que o início do negócio aconteceu sem muito planejamento, quando o marido de Senilda, Cláudio Raul Imhoff, começou a fazer espetinhos para os amigos em dia de jogos. "Meu pai costumava fazer uma reunião com os amigos com aqueles churrascos de meio latão. Um dia, compramos uma máquina de churrasquinho para fazer para os amigos. Começou a parar gente para comprar. Eu era pequeno e meu pai disse que eu ia assar. Como tínhamos o açougue, ficou fácil para fazer. Em um dia, vendemos 30 churrasquinhos", lembra Alexsander, que começou a assar aos 13 anos, quando cada espetinho custava R$ 1,00. Hoje, ele segue assando, enquanto Senilda e Claudia comandam o caixa e o salão.
Logo, o mercadinho deu lugar ao Miau da Cabral, que começou a operar em 1996. De lá para cá, o espaço reúne histórias e clientes fiéis. "Tem gente que vem aqui e diz 'Dona Senilda, você ainda por aqui? Eu vinha te pedir uma bala quando criança e hoje tenho filho'. Isso é muito satisfatório, é um reconhecimento", percebe a empreendedora. Para ela, essa relação próxima com quem frequenta o espaço se estende ao bairro. "Conhecemos todo mundo e todo mundo nos conhece. Tu és abraçado por todos. Me marca ter criado meus filhos dentro desse espaço e, agora, estar com meus netos", diz Senilda, com a pequena neta Martina no colo. 
 O espaço serve de referência para os novos negócios que chegam à região. A relação com os novos residentes da rua é muito positiva, segundo a família. "É um orgulho ser uma referência, ver gente nova chegando com outras opções. Está ficando bem bacana a Cabral", garante Senilda. Para fortalecer o comércio local, os bares da rua atuam de forma conjunta, conta Alexsander. "Não temos discriminação de consumo nas mesas. Pode consumir do outro bar aqui, e vice e versa. O Fênix, por exemplo, não tem cozinha, então eles nos pedem pelo WhastApp e entregamos direto ali. O pessoal toma os drinks deles aqui também. Está bem legal essa parceria", comemora o assador. 
Além do espaço físico, o Miau opera por delivery, modalidade que triplicou na pandemia. É possível pedir pelo Ifood e pela tele-entrega própria do local pelo WhatsApp (51 99298-6627). O espaço funciona de segunda-feira a sábado, das 17h30min às 23h.
ANDRESSA PUFAL/JC
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Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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