Giovanna Sommariva

Iniciativa foi uma parceria entre o Instituto Caldeira e edtech A Educação

Missão gaúcha ao Vale do Silício traz tendências e inovação para RS

Giovanna Sommariva

Iniciativa foi uma parceria entre o Instituto Caldeira e edtech A Educação

Com o objetivo de fomentar e acelerar a inovação no Rio Grande do Sul, um grupo de representantes de empresas de Porto Alegre, serra gaúcha e Gravataí realizou uma viagem até o Vale do Silício, berço das maiores empresas de tecnologia do mundo, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos. A equipe visitou nomes como Google, IBM, Zendesk, Amazon, além das universidades de Stanford e Berkeley. A Iniciativa foi uma parceria entre o Instituto Caldeira e edtech A Educação.
Com o objetivo de fomentar e acelerar a inovação no Rio Grande do Sul, um grupo de representantes de empresas de Porto Alegre, serra gaúcha e Gravataí realizou uma viagem até o Vale do Silício, berço das maiores empresas de tecnologia do mundo, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos. A equipe visitou nomes como Google, IBM, Zendesk, Amazon, além das universidades de Stanford e Berkeley. A Iniciativa foi uma parceria entre o Instituto Caldeira e edtech A Educação.
De acordo com Jackson Fernandes, gerente executivo de tecnologia e inovação da A Educação, conhecer mais sobre a cultura das bigtechs, como se organizam e como estão se destacando, pode auxiliar nas práticas de inovação no Brasil, principalmente na área da educação. "A visita nos permitiu entender para onde estão olhando e o que valorizam", conta.
O diretor executivo do Instituto Caldeira, Pedro Valério, corrobora com os apontamentos de Jackson e explica que a prerrogativa essencial que norteia o Vale do Silício é a colaboração, mesmo em um ambiente competitivo. "Além da abundância de investimentos, observamos o foco absoluto na experiência do cliente, com a intenção genuína de identificar as suas dores e o que torna o polo tecnológico tão pujante na criação de novos negócios", declara.
Na "Missão Vale do Silício", os executivos também visitaram as universidades de Stanford e Berkeley, e afirmam ter percebido que o ciclo da educação é retroalimentado, ou seja: “a universidade gera profissionais de alta competência para a sociedade e para o mercado, e esses executivos criam corporações que, por sua vez, precisam de mais pessoas qualificadas”, explica Jackson.
Durante a viagem foi firmada uma parceria com a Salesforce, oferecendo um programa de formação e capacitação para profissionais do Campus Caldeira, oportunizando que jovens utilizem essa plataforma dentro das empresas do Instituto. Também estão sendo negociadas parcerias com a OneValley e Plug and Play.
A iniciativa compõe uma série de visitas nacionais e internacionais a pólos tecnológicos, e a próxima missão será em Israel, programada para o segundo semestre de 2022. Também estão previstas viagens a São Paulo, Recife e Paraná. Durante a visita ao Vale do Silício, o grupo notou e registrou seis principais tendências de inovação para a educação:
1 – Metaverso e educação reinventada: a adaptação à pandemia acelerou o desenvolvimento de tecnologias educacionais com explosão de startups para atender as novas demandas. A classe educacional também ganha o papel de facilitadora do aprendizado, não apenas centralizando o conhecimento, mas usando múltiplas plataformas para promover uma experiência completa, com a sociedade, cada vez mais conectada com o conceito de lifelong learning. Com o crescimento da demanda por ensino híbrido, o desafio é proporcionar uma experiência integrada e imersiva e o metaverso é uma das ferramentas aliado ao uso de tecnologias como realidade virtual, aumentada, entre outras. No Vale do Silício, a tecnologia já está em estágio avançado com integração entre metaversos.
2 – NFT e blockchain: as pessoas começam a ter domínio autoral dos conteúdos que produzem na web. A mudança deve fortalecer os produtores de conteúdo, mas também impactará a disseminação desses materiais. Esse item terá alto impacto na área da educação, onde grandes grupos já vislumbram mudanças e instituições privadas já começaram a criar plataformas e formatos.
3 – Web 3: a próxima revolução da internet se dará com a gestão descentralizada, trazendo ao usuário o controle sobre seu uso e melhorando a segurança de dados. Nesse contexto, espera-se também a descentralização do conhecimento com impacto na criação de novas instituições e cursos.
4 – Inteligência artificial (IA) e mudança no mercado de trabalho: o medo que existe hoje de perder posições operacionais para a IA perderá sentido com a substituição de atividades primárias por novos postos de trabalho, relacionados coma tecnologia. Com a população ficando cada vez mais longeva, o cenário de escassez de mão de obra se impõe e cria-se a necessidade de formar indivíduos em robótica e engenharia de software, por exemplo. O "boom" do ensino híbrido também estimula a aplicação da inteligência artificial dentro das salas de aula.
5 - "S" de ESG: soft skills para a liderança também estão na mira das universidades, com perfil de gestores facilitadores, coach, preocupado com o bem-estar das equipes, sem deixar de lado as habilidades técnicas. Foco em times menores com reforço da cultura horizontal e avaliação da capacidade cognitiva no recrutamento com "match" com a cultura organizacional é crescente nas empresas do Vale.
6 – Assumir riscos: Estimular a tomada de risco calculado é uma tendência, já que bons produtos e serviços foram criados com base em falhas. Inovar é investimento, não custo. Quem não entender isso estará fora do jogo, incluindo as instituições de ensino.
 
Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

Giovanna Sommariva

Giovanna Sommariva - repórter do GeraçãoE

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