Isadora Jacoby

O espaço fica na fachada do Estádio Passo d'Areia, casa do Zequinha, na zona norte de Porto Alegre

Empreendedora abre empório temático para homenagear o Esporte Clube São José

Isadora Jacoby

O espaço fica na fachada do Estádio Passo d'Areia, casa do Zequinha, na zona norte de Porto Alegre

Para unir a paixão pela gastronomia e pelo São José, conhecido como o time mais simpático do Estado, a empreendedora Nanra Branco, 42 anos, abriu o Empório Zeca, espaço localizado na fachada do Estádio Passo d'Areia na zona norte de Porto Alegre. O foco do negócio é usar insumos orgânicos, de produtores locais, e atender a demanda dos torcedores que buscam um espaço para assistir as partidas da Série C do Campeonato Brasileiro. 
Para unir a paixão pela gastronomia e pelo São José, conhecido como o time mais simpático do Estado, a empreendedora Nanra Branco, 42 anos, abriu o Empório Zeca, espaço localizado na fachada do Estádio Passo d'Areia na zona norte de Porto Alegre. O foco do negócio é usar insumos orgânicos, de produtores locais, e atender a demanda dos torcedores que buscam um espaço para assistir as partidas da Série C do Campeonato Brasileiro. 
O contato com a gastronomia veio com a maternidade, em um momento em que Nanra desejava ter horários mais flexíveis para a chegada do filho. Antes de abrir o Empório, ela produzia congelados e havia criado uma lista para venda de orgânicos. Neste momento, uma outra paixão veio à tona. "Sempre participamos do São José. O André, meu marido, frequenta desde que tinha seis anos e sempre teve desejo de ter algo relacionado ao clube. Um dia, conversando com o presidente, pediu que avisasse quando vagasse uma loja", lembra Nanra sobre o início do projeto, ainda em 2021, quando receberam a proposta de assumir o espaço. "Estava descapitalizada pela pandemia, não tinha um aporte de investimento para montar um local. Mas estava precisando de uma cozinha para fazer os congelados, então pegamos para usar a cozinha e pensar o que faríamos", conta a empreendedora. 
O conceito do Empório Zeca surgiu quando a dupla percebeu a relação entre fomentar o consumo local e torcer pelo time do bairro. "Tivemos um insight que a questão da agricultura familiar, do consumo local, tem a ver com torcer para o clube do bairro. Abrir um empório que é na fachada do clube fecha o ciclo", acredita Nanra. 
Assim, há pouco mais de três meses, o espaço que fica no número 1172 da avenida Assis Brasil abriu as portas. Aos sábados, a operação começa às 10h, sem hora para fechar. "Vamos até à noite, com uma feira de orgânicos e artesanais, e almoço com três pratos: feijoada, mocotó e um prato do dia que vai variando. Os pratos têm um preço fixo de R$ 25,00", explica.
Aos domingos, o horário de funcionamento varia de acordo com a agenda de jogos. "Passamos os jogos da Série C, especificamente os do São José, que não passam em outro lugar. O pessoal começou a vir assistir e a fazer o esquenta e a resenha nos jogos em casa. Nosso primeiro público começou a ser realmente o pessoal do São José", diz a empreendedora, que comemora também a receptividade da vizinhança. "O que está acontecendo, que era nossa ideia, é o pessoal da volta conhecer e frequentar. Estamos conquistando aos poucos um público dos vizinhos", celebra. 
Nos dias de jogos, o carro-chefe do cardápio é o pão com bolinho, que custa R$ 17,00, tradição trazida por ela de Curitiba, sua cidade natal. "Sou do Paraná e a comida de estádio por lá é o pão com bolinho. Então eu trouxe, que não é exatamente local, como carro-chefe. Sempre sirvo com catchup de fruta nativa e isso faz as pessoas provarem a biodiversidade", acredita Nanra, revelando que, em breve, o quitute, que conta com uma versão vegetariana, estará disponível por delivery. "Ainda em julho, vamos implementar o delivery desses lanches de terça-feira a domingo", conta. 
EMPORIOZECA/DIVULGAÇÃO/JC
Ao longo da semana, o espaço não abre as portas, funciona apenas para retirada de marmitas congeladas e de outros itens vendidos por lá, como picolés de frutas nativas, geleias orgânicas e outros itens de produtores locais. 
Apesar de muitos torcedores do clube torcerem o nariz para quem encontra no São José um segundo time do coração, a empreendedora acredita que negócios como o Empório Zeca estimulam a conexão dos porto-alegrenses com o bairro e o consumo local. "É diferente de um bar do Inter ou do Grêmio. Como o São José tem essa história ser o mais simpático, ele tem o apego dessas pessoas que torcem. No interior, não tem o Grenal, então se torce pelo time local. Aqui, como temos acesso ao Grêmio e Inter, os times menores acabam ficando de lado. Mas o São José sempre tem essa segunda via, tem muitos simpatizantes, então essa temática chama atenção desse outro tipo de torcedor", pondera. 
 
Isadora Jacoby

Isadora Jacoby - editora do GeraçãoE

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