Entidade quer menos burocracia para fomentar pequenos negócios

Sebrae aposta em parcerias com o Estado e municípios para desenvolver educação empreendedora nas escolas


Entidade quer menos burocracia para fomentar pequenos negócios

Com olhar positivo para a situação das micro e pequenas empresas, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apresentou, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5), as suas estratégias de atuação para 2020. O foco principal da entidade é melhorar o ambiente empreendedor por meio da redução de processos burocráticos e, ainda, pelo fomento de educação sobre o tema nas escolas.
Com olhar positivo para a situação das micro e pequenas empresas, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apresentou, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (5), as suas estratégias de atuação para 2020. O foco principal da entidade é melhorar o ambiente empreendedor por meio da redução de processos burocráticos e, ainda, pelo fomento de educação sobre o tema nas escolas.
André Godoy, diretor-superintendente da entidade no Rio Grande do Sul, ressaltou a importância de parcerias com o Estado e com os municípios para isso. De acordo com ele, até o fim de fevereiro deve ser assinado o contrato com o governo do Rio Grande do Sul. "É um convênio que visa, até o final de 2022, atuar junto aos alunos do Ensino Médio do Estado. O programa trabalha via qualificação dos professores. A Base Nacional Comum Curricular tornou obrigatório o ensino de empreendedorismo e, como o sistema de ensino não está preparado, foi buscar parceiros que tivessem uma familiaridade com o tema. E o Sebrae está pronto para construir, junto com o Estado e com as prefeituras, essa nova base para levar o empreendedorismo para as crianças’’, expõe Godoy. 
LUIZA PRADO/JC
De acordo com dados coletados pelo Sebrae em 2019, 99% do total de empresas do País são micro e pequenas, o que ressalta a importância desses empreendedores para a economia. No Rio Grande do Sul, o número de MPEs chegou a 1,3 milhão no ano passado. Essas empresas foram responsáveis por 26 mil empregos e 32,6% do PIB gaúcho. Gilberto Petry, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae RS e do Sistema Fiergs, pondera que esse número faz parte de uma cadeia produtiva, de modo que o bom desempenho dessas empresas está atrelado às de maior porte.
"Não existe empresa grande que consegue se desenvolver, ter toda a cadeia de suprimentos só por ela própria”, afirma Petry. 
O Sebrae RS estima, para 2020, uma receita de R$ 185 milhões. Deste montante, 81% serão destinados aos programas da entidade. Um dos projetos de grande investimento é o Cidade Empreendedora, que desenvolve programas personalizados para estimular o desenvolvimento da economia dos municípios. Canoas, Panambi, Lajeado e Gramado já fazem parte do programa que tem como meta chegar a 30 cidades gaúchas e investir R$ 5 milhões neste ano. 
O diretor-superintendente destaca, ainda, o segmento da inovação como o mais promissor. "Os negócios tradicionais tendem a ter cada vez mais dificuldade para encontrar espaço. Por isso, o Sebrae tem investido em programas ligados à criação de startups, justamente para procurar encaminhar os micro e pequenos empreendedores para negócios voltados para o futuro", finaliza. 
LUIZA PRADO/JC

Raio-x do empreendedorismo no Rio Grande do Sul

  • 32,6% de participação dos pequenos negócios no PIB gaúcho;
  • 37% do total de empresas exportadoras;
  • 48,6% da massa salarial;
  • 1% do total de exportações do Estado;
  • 26.721 empregos gerados entre janeiro e dezembro de 2019;
  • 19.943 empregos gerados entre janeiro e dezembro de 2018;