Daniel Ustárroz, Professor da Escola de Direito (Pucrs) e especialista em Gestão de Pessoas: Carreira e Liderança (Pucrs)

Oferecer um feedback não é fácil. Tampouco é simples recebê-lo. Mas, quando adequadamente oferecido, é um catalisador de crescimento, fator de motivação e de envolvimento das equipes

A arte de dar feedback

Daniel Ustárroz, Professor da Escola de Direito (Pucrs) e especialista em Gestão de Pessoas: Carreira e Liderança (Pucrs)

Oferecer um feedback não é fácil. Tampouco é simples recebê-lo. Mas, quando adequadamente oferecido, é um catalisador de crescimento, fator de motivação e de envolvimento das equipes

O feedback é uma ferramenta essencial. Quando adequadamente oferecido, é um catalisador de crescimento, fator de motivação e de envolvimento das equipes. Pessoas que recebem feedback têm muito mais oportunidade de desenvolver seu potencial. O título deste artigo vem de uma obra que reúne ideias de reconhecidos professores de universidades norte-americanas. Tentarei oferecer algumas dicas que podem fazer a diferença na vida das pessoas e das empresas.
Oferecer um feedback não é fácil. Tampouco é simples recebê-lo. Pode ser estressante. Muitas vezes, preferimos fazer vistas grossas e permanecermos em silêncio, com receio de que nossas palavras ou nossas intenções sejam mal interpretadas. Essa atitude, entretanto, evita o desenvolvimento de quem confiamos.
Para potencializar o sucesso do feedback, selecionei as seguintes dicas:
1. O feedback precisa ser dado com frequência e dentro de um contexto adequado. Se desejamos que o colega aprimore a sua atuação, é justo - após o oferecimento do feedback - oferecer um acompanhamento, para que ele descubra se nossas expectativas foram alcançadas. Ainda, pense no momento oportuno e no melhor ambiente.
2. O feedback busca atingir um resultado específico. Antes de oferecê-lo, pense com calma acerca dos objetivos que efetivamente você deseja e na importância de atingi-los. A clareza na identificação dos resultados é fundamental para a compreensão e valorização do feedback.
3. Lembre que as expectativas devem ser realistas. Todos nós possuímos potencialidades e limitações. Conciliar as características de quem o recebe com os objetivos idealizados é essencial para evitarmos frustrações.
4. Procure respeitar quem o recebe. Cada pessoa reage de uma maneira distinta. Uma mesma frase pode soar ofensiva para um e natural para outro. Reflita sobre a melhor forma de comunicar uma percepção.
5. Feedback é uma conversa, e não um simples discurso. Não se oferece feedback sem ouvir a visão de mundo alheia. A conversa é o melhor meio para envolvermos nosso colega na solução conjunta. Lembre que você tem um ponto de vista, e não uma verdade absoluta.
Encerro com uma advertência. A professora Heidi Halvorson (Columbia University) assinala que pessoas que já desenvolveram habilidades acima da média "não têm medo de feedback negativo. Na verdade, procuram. Intuitivamente percebem que o feedback negativo oferece o caminho para progredirem, enquanto o positivo apenas diz o que já sabem".
Portanto, se alguém quiser lhe oferecer um feedback, agradeça e reflita. É sinal de que ele se preocupa com você. Provavelmente, você terá algo a ganhar.
 
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Daniel Ustárroz
Professor da Escola de Direito da PUCRS
Daniel Ustárroz, Professor da Escola de Direito (Pucrs) e especialista em Gestão de Pessoas: Carreira e Liderança (Pucrs)

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