Daniel Ustárroz, Professor da Escola de Direito (Pucrs) e especialista em Gestão de Pessoas: Carreira e Liderança (Pucrs)

Ao lado de competências técnicas, destacam-se cinco elementos que foram bem cultivados pelos líderes: autoconhecimento, autocontrole, motivação, empatia e destreza social

O que define um líder?

Daniel Ustárroz, Professor da Escola de Direito (Pucrs) e especialista em Gestão de Pessoas: Carreira e Liderança (Pucrs)

Ao lado de competências técnicas, destacam-se cinco elementos que foram bem cultivados pelos líderes: autoconhecimento, autocontrole, motivação, empatia e destreza social

Daniel Ustárroz*
Em 1996, Daniel Goleman escreveu um artigo clássico, cujo título é O que define um líder. Nele, o autor mundialmente conhecido pela obra Inteligência Emocional analisou os resultados de sua pesquisa quanto às características comuns dos líderes corporativos.
De início, Goleman sublinhou que existem funcionários extremamente qualificados e inteligentes que, quando alçados à posição de liderança, fracassam, bem como também existem pessoas com sólida (e não extraordinária) capacidade intelectual que se tornam brilhantes ao exercer liderança. Quais seriam as habilidades que diferenciariam esses profissionais?
Goleman sustenta que realidades diferentes demandam tipos distintos de líderes, portanto não há uma fórmula mágica ou infalível de se exercer o comando. Contudo, ao lado de competências técnicas, destacam-se cinco elementos que foram bem cultivados pelos líderes: autoconhecimento, autocontrole, motivação, empatia e destreza social.
O autoconhecimento permitiria realizar autoavaliações mais próximas da realidade quanto aos seus pontos fortes e fracos. Goleman chama a atenção para o exercício de "senso de humor depreciativo" em relação a si mesmo, isto é, os líderes pesquisados conseguiam, inclusive, fazer piadas com as suas próprias dificuldades. Possuíam, ainda, "sede de crítica construtiva", reconhecendo que o feedback constante permitiu grandes avanços em suas vidas.
O autocontrole perante os seus sentimentos e emoções permite ao líder transmitir maior confiabilidade perante a sua comunidade e também gerava maior tranquilidade no ambiente.
A maioria dos líderes se mostrava motivada por conquistas, exibindo paixão pelo trabalho e por desafios constantes, além de disposição para melhorar e "otimismo diante do fracasso", afinal aprender com os erros é fundamental para se avançar.
A empatia significaria "estar atento aos sentimentos dos funcionários - e a outros fatores - no processo de tomada de decisões". Serviria para viabilizar o trabalho em equipe, que é essencial em nossos dias. Líderes empáticos auxiliavam na atração e na retenção dos talentos.
Por fim, o líder age "segundo o pressuposto de que não se conseguirá concretizar nada de importante sozinho". Ele necessita de uma rede de apoio. A destreza social permite que se consiga administrar bem equipes, com a constante colaboração dos colegas.
É incrível como as ideias de Goleman, escritas há mais de duas décadas, conservam tanta atualidade para as nossas vidas e de nossas empresas. Não esqueçamos: todos nós exercemos liderança. Não é mesmo?
* Professor da Escola de Direito (Pucrs) e especialista em Gestão de Pessoas: Carreira e Liderança (Pucrs)
 
 
ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Daniel Ustárroz
Professor da Escola de Direito da PUCRS
Daniel Ustárroz, Professor da Escola de Direito (Pucrs) e especialista em Gestão de Pessoas: Carreira e Liderança (Pucrs)

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