Publicada em 21 de Setembro de 2020 às 00:00

Aegro apoia gestão de pequenos e médios produtores

A empresa que nasceu na Ufrgs tem por trás o empreendedorismo dos sócios Silvestrin, Borja, Dusso e Rodrigues

A empresa que nasceu na Ufrgs tem por trás o empreendedorismo dos sócios Silvestrin, Borja, Dusso e Rodrigues


/Aegro/Divulgação/JC
Patricia Knebel, do Rio de Janeiro, especial para o JC
São mais de 5 mil fazendas e 2,5 milhões de hectares no Brasil, Paraguai, Angola e Bolívia sendo geridos hoje pelo software da Aegro. A startup gaúcha, que nasceu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), se tornou a líder nacional em software de gestão na nuvem líder no mercado agricultura para pequenos e médios produtores. Qual o segredo? "A Aegro faz tecnologia de qualidade, barata e bonita", comenta Pedro Dusso, CEO e cofundador da empresa, vencedora da categoria Startup do Agronegócio da premiação Futuro da Terra.
Aos 32 anos, ele é formado em ciências da computação, assim com os outros três sócios da operação. Aliás, eles eram colegas de faculdade quando decidiram criar uma startup para ajudar o produtor a alavancar os negócios. A operação, que nasceu em 2014, ficou dois anos incubada no Centro de Empreendimentos em Informática (CEI) da Ufrgs. "Foi muito importante dividirmos o ambiente físico com outras empresas e participar de consultorias que nos ajudaram no desenho e no desenvolvimento do nosso negócio", relembra.
Como todos eram da área de tecnologia, incorporar ao time da Aegro agrônomos foi uma das decisões acertadas. Ao unir as expertises em tecnologia e agronegócios, avançaram no desenvolvimento de uma solução capaz de atender as especificidades deste mercado. Isso permitiu a Aegro entender esse mercado e criar uma estratégia diferenciada de acesso. O foco sempre foi uma venda digital, acessível e barata. Como o software está na nuvem, a startup não precisa estar presencialmente e pode tirar esse custo da oferta. Ao mesmo tempo, o produtor entendeu que abrir mão do aperto de mão presencial faria com que ele pudesse acessar produtos de mais qualidade e acessíveis. "Foi combinando venda digital e produto de alta qualidade que conseguimos garantir a nossa liderança de mercado", destaca Dusso.
A Aegro atende pequenos e médios produtores que, antes, tinham acesso apenas a uma oferta regionalizada deste tipo de software de gestão. "Quem era de Goiás, só comprava esse tipo de solução lá. A gente vende em todos os estados", exemplifica o empreendedor.
O software da Aegro faz a gestão das propriedades, e conta com módulos de controle agrícola, financeiro, fiscal e contábil. "Ajudamos os produtores a entender o melhor momento para vender a produção e a que preço", resume Dusso.
Essa decisão parece algo simples, mas não é. Com o câmbio incerto, mais de 40% da safra de soja de 2021, por exemplo, já está vendida. Se o produtor não tem visibilidade de quanto custa o seu hectare, não vai conseguir colocar um preço correto com tanta antecedência, a partir do valor pago, hoje, pelo insumo que ele compra em dólar. "O nosso sistema ajuda eles a entenderem quanto custa o hectare hoje e, com isso, eles conseguem avaliar o contrato de venda futura da soja", explica.
Já quando pensamos nas máquinas agrícolas, a tecnologia da Aegro auxilia na decisão de optar pela manutenção dos equipamentos ou se já está no momento de adquirir um novo. Isso é fundamental, comenta Dusso, especialmente nas operações muito intensivas.
"Se são muitos tratores, plantadeiras e colheitadeiras sendo usadas, não é fácil de identificar, sem o uso de um software, se eles não estão gastando mais com a manutenção do que se investissem em maquinários novos. A nossa solução ajuda nesta gestão do patrimônio", relata.
Fazer todo esse trabalho exige um time grande. A Aegro conta com 60 pessoas, a maioria desenvolvedores. A sede fica em Porto Alegre - metade do time está na capital gaúcha e a outra metade espalhada pelo Brasil. Desde que começou a pandemia da Covid-19, estão todos em home office.
O empreendedor vê como positivo o boom do surgimento de agritechs, as startups de agronegócios, nos últimos três anos no Brasil. Foi um movimento positivo para o mercado, especialmente para levar inovação para o campo.
São mais de 5 mil fazendas e 2,5 milhões de hectares no Brasil, Paraguai, Angola e Bolívia sendo geridos hoje pelo software da Aegro. A startup gaúcha, que nasceu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), se tornou a líder nacional em software de gestão na nuvem líder no mercado agricultura para pequenos e médios produtores. Qual o segredo? "A Aegro faz tecnologia de qualidade, barata e bonita", comenta Pedro Dusso, CEO e cofundador da empresa, vencedora da categoria Startup do Agronegócio da premiação Futuro da Terra.
Aos 32 anos, ele é formado em ciências da computação, assim com os outros três sócios da operação. Aliás, eles eram colegas de faculdade quando decidiram criar uma startup para ajudar o produtor a alavancar os negócios. A operação, que nasceu em 2014, ficou dois anos incubada no Centro de Empreendimentos em Informática (CEI) da Ufrgs. "Foi muito importante dividirmos o ambiente físico com outras empresas e participar de consultorias que nos ajudaram no desenho e no desenvolvimento do nosso negócio", relembra.
Como todos eram da área de tecnologia, incorporar ao time da Aegro agrônomos foi uma das decisões acertadas. Ao unir as expertises em tecnologia e agronegócios, avançaram no desenvolvimento de uma solução capaz de atender as especificidades deste mercado. Isso permitiu a Aegro entender esse mercado e criar uma estratégia diferenciada de acesso. O foco sempre foi uma venda digital, acessível e barata. Como o software está na nuvem, a startup não precisa estar presencialmente e pode tirar esse custo da oferta. Ao mesmo tempo, o produtor entendeu que abrir mão do aperto de mão presencial faria com que ele pudesse acessar produtos de mais qualidade e acessíveis. "Foi combinando venda digital e produto de alta qualidade que conseguimos garantir a nossa liderança de mercado", destaca Dusso.
A Aegro atende pequenos e médios produtores que, antes, tinham acesso apenas a uma oferta regionalizada deste tipo de software de gestão. "Quem era de Goiás, só comprava esse tipo de solução lá. A gente vende em todos os estados", exemplifica o empreendedor.
O software da Aegro faz a gestão das propriedades, e conta com módulos de controle agrícola, financeiro, fiscal e contábil. "Ajudamos os produtores a entender o melhor momento para vender a produção e a que preço", resume Dusso.
Essa decisão parece algo simples, mas não é. Com o câmbio incerto, mais de 40% da safra de soja de 2021, por exemplo, já está vendida. Se o produtor não tem visibilidade de quanto custa o seu hectare, não vai conseguir colocar um preço correto com tanta antecedência, a partir do valor pago, hoje, pelo insumo que ele compra em dólar. "O nosso sistema ajuda eles a entenderem quanto custa o hectare hoje e, com isso, eles conseguem avaliar o contrato de venda futura da soja", explica.
Já quando pensamos nas máquinas agrícolas, a tecnologia da Aegro auxilia na decisão de optar pela manutenção dos equipamentos ou se já está no momento de adquirir um novo. Isso é fundamental, comenta Dusso, especialmente nas operações muito intensivas.
"Se são muitos tratores, plantadeiras e colheitadeiras sendo usadas, não é fácil de identificar, sem o uso de um software, se eles não estão gastando mais com a manutenção do que se investissem em maquinários novos. A nossa solução ajuda nesta gestão do patrimônio", relata.
Fazer todo esse trabalho exige um time grande. A Aegro conta com 60 pessoas, a maioria desenvolvedores. A sede fica em Porto Alegre - metade do time está na capital gaúcha e a outra metade espalhada pelo Brasil. Desde que começou a pandemia da Covid-19, estão todos em home office.
O empreendedor vê como positivo o boom do surgimento de agritechs, as startups de agronegócios, nos últimos três anos no Brasil. Foi um movimento positivo para o mercado, especialmente para levar inovação para o campo.
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