Os vencedores da 27ª edição do prêmio O Futuro da Terra receberam na noite desta segunda-feira, na Expointer, os troféus pela contribuição de suas pesquisas e trabalhos para o desenvolvimento do agronegócio e a preservação ambiental no Rio Grande do Sul.
A premiação, realizada pelo Jornal do Comércio em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), reconhece destaques da ciência que ajudam a produção no campo a evoluir. A solenidade ocorreu no auditório da Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul) na Expointer.
Foram 11 cientistas, pesquisadores, produtores rurais, instituições e empresas premiados em cinco categorias: Prêmio Especial, Cadeia de Produção e Alternativas Agrícolas, Inovação e Tecnologia Rural, Preservação Ambiental e Startup do Agronegócio.
Criado em 1997, o prêmio se baseia em critérios técnicos para a seleção dos agraciados, trabalho liderado pelo Comitê de Ciências Agrárias da Fapergs.
O homenageado com o Prêmio Especial O Futuro da Terra, Moacir Cardoso Elias, comentou a relevância da distinção. "É importante esta promoção do Jornal do Comércio com a Fapergs, porque o conhecimento que é gerado nos centros de pesquisa, em geral, é gerado no silêncio, e precisa chegar na sociedade, que, muitas vezes, não sabe onde buscar as soluções".
Retornando pela terceira vez à premiação - ele também conquistou o prêmio em outras categorias na edições de 2004 e 2020 -, Elias comentou a alegria de receber a distinção. "Fiquei surpreso e muito feliz com o prêmio, porque sei do trabalho que é feito por vários colegas para o desenvolvimento não apenas do agronegócio, mas da sociedade. A sociedade só se desenvolve se tiver meios de sustentação, e a agricultura tem por finalidade produzir alimentos, bens e serviços", concluiu o pesquisador, que ficou muito emocionado ao receber o troféu e ser aplaudido de forma efusiva pelo público que lotou o auditório da Farsul.
O diretor-presidente do Jornal do Comércio, Mércio Tumelero, destacou "a satisfação de homenagear pessoas e instituições que, com seu trabalho, vêm contribuindo com inovações que fortalecem a produção agropecuária do Rio Grande do Sul e do Brasil" e lembrou que o Prêmio O Futuro da Terra foi criado há 26 anos pelo JC exatamente para incentivar os que "se dedicam ao desenvolvimento de pesquisas voltadas para o meio agropecuário".
O presidente da Fapergs, Odir Dellagostin, falou sobre a importância da parceria de 27 anos com o Jornal do Comércio, que promove o reconhecimento dos pesquisadores que fazem a diferença no Estado, se dedicando à ciência, à tecnologia e à inovação. "Os gaúchos não se destacam apenas na produção de commodities, mas também na produção de conhecimento que é a base da inovação", afirmou.
O dirigente ainda reivindicou a ampliação do financiamento público para pesquisa, observando que, embora o Rio Grande do Sul esteja entre os estados líderes quando o assunto é inovação e pesquisa científica, os recursos para o setor ficaram abaixo da expectativa em 2023. No ano passado, foram mais de R$ 100 milhões. "É preciso aumentar o nível dos investimentos na área", defendeu Dellagostin.
Também prestigiaram a solenidade o vice-governador Gabriel Souza, o diretor de Operações do JC, Giovanni Jarros Tumelero; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin; os secretários estaduais da Agricultura, Giovani Feltes; da Inovação, Simone Stülp; do Meio Ambiente, Majorie Kaufmann; de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Vianna; de Comunicação adjunto, Alexandre Elmi; o diretor regional do Bradesco para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Marcelo Magalhães; o presidente da Federasul, Rodrigo Souza Costa; e o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal.