Futuro da Terra: Programa EcoViamão realiza ações agroecológicas em aldeias

O EcoViamão desempenha trabalho de fomento à segurança alimentar

O EcoViamão desempenha trabalho de fomento à segurança alimentar


/ECOVIAMÃO/DIVULGAÇÃO/JC
Coordenado pelo Campus IFRS de Viamão, desde o final de 2016, o Programa EcoViamão, nome fantasia do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica, tem como propósito incentivar a transição ecológica de processos produtivos e sociais. O objetivo é levar sustentabilidade crescente, trazendo metodologias mais eficientes na geração de alimentos, conforme sugere a ONU/FAO. A iniciativa recebeu destaque do Prêmio Futuro da Terra na categoria Cadeia de Produção e Alternativas Agrícolas.
Publicado em 30/08/2022.
Coordenado pelo Campus IFRS de Viamão, desde o final de 2016, o Programa EcoViamão, nome fantasia do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica, tem como propósito incentivar a transição ecológica de processos produtivos e sociais. O objetivo é levar sustentabilidade crescente, trazendo metodologias mais eficientes na geração de alimentos, conforme sugere a ONU/FAO. A iniciativa recebeu destaque do Prêmio Futuro da Terra na categoria Cadeia de Produção e Alternativas Agrícolas.
Nessa direção, todas as ações desenvolvidas e executadas trabalham sobre os preceitos da agroecologia — ciência em construção, não um método de produção, estilo de vida ou movimento social. "A agroecologia é a base para essa transição, onde partimos de um modelo convencional de produção, de educação, de pesquisa, para modelos mais sustentáveis, de base ecológica", explica Claudio Fioreze, engenheiro agrônomo e coordenador do programa de extensão.
Além de ser a maior cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, Viamão tem 37% do território composto por unidades de conservação e uma grande diversidade étnica, com presença indígena, quilombola e camponesa no seu território. Partindo dessa riqueza ambiental e cultural, o programa identificou que, apesar de existir uma tradição na produção orgânica dentro do Assentamento Filhos de Sepé, havia alguns problemas. Em vista disso, foi iniciado, em 2018, o Projeto de Redesenho da Matriz Agroecológica do Assentamento Filhos de Sepé, visando incentivar maior diversificação, via horticultura e fruticultura sustentáveis, trabalhando com ações de gestão ambiental, cooperativismo e crédito rural.
Valorizando essa presença indígena no município e compreendendo suas demandas sociais, o EcoViamão desempenha um trabalho de fomento à segurança alimentar dentro das aldeias Mbyá-Guarani, através de ações de incentivo ao cultivo de alimentos tradicionais destes povos, introdução de cultivos de hortaliças e frutas, fornecendo insumos básicos, orientação técnica e cursos. "Não temos apenas um trabalho para atender as demandas de assistência social da aldeia, mas também de resgatar esse saber ancestral que eles têm e que, na nossa opinião, tem tudo a ver com a agroecologia", expõe Fioreze. Um dos destaques da EcoViamão é o projeto Hortas Escolares Agroecológicas. Nele, os estudantes escolhem as hortaliças e participam do planejamento, da execução e da manutenção de uma horta escolar. A proposta é também integrar conteúdos e promover o interesse dos alunos por todas as disciplinas. Os professores das escolas também têm a oportunidade de participar de oficinas de manejo das hortas e oficinas pedagógicas para integrar o espaço em suas aulas.
O programa de extensão tem como visão de futuro transformar essas instituições de ensino em faróis agroecológicos para que a comunidade como um todo.
 
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