Produtividade agrícola e segurança alimentar no foco de iniciativa premiada com O Futuro da Terra

Dirceu Agostinetto

Dirceu Agostinetto


/Dirceu Agostinetto/Arquivo Pessoal/JC
Criado em 1991, o Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade da Universidade Federal de Pelotas, é o único no Brasil com a titulação. A área, que envolve os estudos relacionados à sanidade vegetal e proteção das plantas ao ataque de pragas e doenças, é de extrema importância para a produtividade agrícola e para a segurança alimentar. Por isso, ganhou destaque no Prêmio O Futuro da Terra na categoria Cadeia de Produção e Alternativas Agrícolas.
Publicado em 30/08/2022.
Criado em 1991, o Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade da Universidade Federal de Pelotas, é o único no Brasil com a titulação. A área, que envolve os estudos relacionados à sanidade vegetal e proteção das plantas ao ataque de pragas e doenças, é de extrema importância para a produtividade agrícola e para a segurança alimentar. Por isso, ganhou destaque no Prêmio O Futuro da Terra na categoria Cadeia de Produção e Alternativas Agrícolas.
Atual diretor da faculdade de agronomia Eliseu Maciel e docente da UFPel há 17 anos, Dirceu Agostinetto possui uma carreira dedicada à ciência reconhecida internacionalmente. Além de atuar na coordenação da Pós-graduação em Fitossanidade, fundou o centro de estudos em Herbologia e coordena a Especialização em Proteção de Plantas, ambos da federal pelotense.
Com o conceito de excelência internacional avaliado pela Capes/MEC — nota seis, em uma escala de até sete —, o departamento de fitossanidade tem suas atividades de ensino, pesquisa e extensão baseadas em uma tradição centenária. Hoje, dessa pós-graduação saem diversos profissionais e cientistas para o mercado de Fitossanidade, que atuam em instituições de ensino públicas e privadas e são pesquisadores de empresas da área agrícola.
"Fico muito orgulhoso em receber essa premiação. Serve como um estímulo para que a gente siga pesquisando e formando pessoas com elevada capacidade técnica para assumir postos tanto de pesquisa quanto de ensino. Já orientamos dezenas de alunos em diversas linhas de pesquisa, especialmente em fitossanidade, visando desenvolvimento de defensivos agrícolas com menor impacto ambiental", afirma Agostinetto. O curso recebe estudantes de todo Brasil, da América do Sul e de outros países, e tem como principal público biólogos, engenheiros agrônomos e engenheiros florestais. O programa de pós-graduação permite o treinamento nas áreas de concentração de entomologia, fitopatologia e herbologia, e prepara o profissional para atuar com o manejo sustentável desde insetos e doenças até plantas daninhas. Além disso, as atividades do PPGFs contribuem com a geração de novos conhecimentos e metodologias relacionadas à sanidade vegetal, através da difusão de tecnologias. A área, relacionada com o objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU (fome zero e agricultura sustentável), tem sido o norte dos trabalhos realizados por Dirceu Agostinetto ao longo de sua carreira.
"Buscamos ser proativos no sentido de contornar o problema e evitar que esses biótipos existentes se difundam não só no estado do Rio Grande do Sul mas também pelo Brasil, e com isso se percam ferramentas de manejo na agricultura", afirma. Mesmo com dada importância, o professor relata as dificuldades encontradas ao fazer pesquisa no Brasil. De acordo com ele, o baixo investimento público na área prejudica o bom desenvolvimento e tem como consequência uma procura menor dos estudantes. "Fomos perdendo para o mercado de trabalho excelentes profissionais."
 
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