Agricultor vira referência em plantio direto na palha e fatura O Futuro da Terra

Agrônomo Vanderlei Neu tem propriedade em Quinze de Novembro

Agrônomo Vanderlei Neu tem propriedade em Quinze de Novembro


/Arquivo Pessoal/Divulgação/JC
O agricultor e engenheiro agrônomo Vanderlei Neu, de Quinze de Novembro, foi indicado pela Sociedade de Engenheiros Agrônomos de Cruz Alta como um dos destaques na área de preservação ambiental no Rio Grande do Sul. Sua propriedade recebe alunos que pesquisam o tema e é citada em palestras pelo Brasil por ser o verdadeiro modelo de cultivo sobre o sistema de plantio direto na palha. Com esse currículo, ele recebeu o Prêmio O Futuro da Terra na categoria Preservação Ambiental.
Publicado em 30/08/2022.
O agricultor e engenheiro agrônomo Vanderlei Neu, de Quinze de Novembro, foi indicado pela Sociedade de Engenheiros Agrônomos de Cruz Alta como um dos destaques na área de preservação ambiental no Rio Grande do Sul. Sua propriedade recebe alunos que pesquisam o tema e é citada em palestras pelo Brasil por ser o verdadeiro modelo de cultivo sobre o sistema de plantio direto na palha. Com esse currículo, ele recebeu o Prêmio O Futuro da Terra na categoria Preservação Ambiental.
No verão, a propriedade de Neu opera com um terço da área focada na cultura de milho e dois terços com soja. No inverno, com a cultura do trigo, aveia e coberturas de solo no talhão que antecedem o milho. Trata-se, portanto, de um plano de rotação de culturas.
"O trabalho começou em 1993, quando eu e meu pai, Nércio Neu, resolvemos sair do sistema de plantio convencional e começamos a trabalhar nesse novo modelo de cultivo. Foi feita uma calagem nos meses de abril e maio com uma subsolagem profunda e se semeou aveia para a cobertura. No mês de outubro, se passou uma grade sobre essa aveia para semear soja, já que, na época, não se tinha semeadeira para fazer o plantio direto", lembra ele.
Sem tanta tecnologia e acesso a máquinas para plantio direto, pai e filho não tinham a capacidade de cortar a palha com facilidade. Em 1994, então, foi adquirida uma semeadeira própria para isso. Há 28 anos, tudo que é feito na propriedade passa pelo conceito de conservação do solo e da água, garante Neu. "Tenho vários trabalhos de pesquisa para provar as vantagens de fazer esse bom manejo. Já fomos campeões gaúchos de produtividade de soja pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), em 2016, dentre outros prêmios", afirma.
Para Neu, a distinção do Prêmio O Futuro da Terra o motiva. "É o reconhecimento desse trabalho conservacionista aliado ao meio ambiente, onde somos muito eficientes", entende ele, que está fazendo um museu em sua propriedade.
Uma das razões do sucesso da técnica é que a grande quantidade de palha consegue, num processo de decomposição rápida, disponibilizar os nutrientes, especialmente nitrogênio e potássio, para a cultura do trigo. São abertas galerias que garantem a infiltração de água no solo. Além disso, plantas e coberturas protegem o solo na superfície e sistemas radiculares abrem galerias, permitindo que partículas do corretivo desçam em profundidade. Tudo isso visa garantir um futuro de qualidade para as próximas gerações, como o filho de Neu, de cinco anos. 
 
Comentários CORRIGIR TEXTO