Publicada em 03 de Setembro de 2023 às 15:08

Farsul mostra preocupação com crise do leite e calendário da soja

Gedeão demonstrou preocupação em relação à crise do setor leiteiro gaúcho

Gedeão demonstrou preocupação em relação à crise do setor leiteiro gaúcho


IVO GONÇALVES/JC
Ana Esteves, especial para o JC
Ana Esteves, especial para o JC
A crise do leite, o novo calendário da soja e a questão do desmatamento zero foram alguns dos destaques da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), durante a Expointer. Um balanço da entidade foi apresentado ontem pelo presidente da Farsul, Gedeão Pereira, no qual ele ressaltou a preocupação com a crise do leite no Estado. "Estamos com um problema sério nas mãos e ainda sem solução. Talvez a saída seja parecida com o que ocorreu com as importações de arroz do Mercosul que foi contornada quando reduziu o tamanho das lavouras, nos tornamos competitivos e passamos a exportar”, disse o dirigente.
Segundo ele, outro ponto alto da feira foi a reunião Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm) a partir da qual foi elaborado um documento de repúdio ao acordo entre o Mercosul e a União Europeia que impõe aos países desmatamento zero. “Contestamos porque é acordo de proteção comercial e não ambiental que impõe regras que afetam a soberania nacional”, protesta Pereira.
Sobre a questão das alterações no calendário da soja, proposto pelo Ministério da Agricultura (MAPA), o vice-presidente da Farsul, Elmar Konrad, disse que foi feita uma proposta de 130 dias de vazio sanitário, ao invés de 100 como foi proposto pelo governo federal. “Foi realizado um trabalho e dividimos o Estado em regiões Sul/Sudeste e Nordeste onde tem mais pivô central e sugerido o prazo de 100 dias, pois a proposta do Mapa diverge do Mato Grosso, pela diferença dos cultivos. Estamos no aguardo da manifestação do ministério”, finalizou.
Para o dirigente, existe grande expectativa em relação ao números finais da Expointer, em termos de público e comercialização, em função da crise gerada no agro, após a ocorrência de duas estiagens seguidas. “Foram períodos de grande dificuldade no Estado, dois momentos de seca, quando plantamos com alto custo, colhemos mal, preços da soja e do boi derreteram, ou seja, não tínhamos um cenário muito alvissareiro para a feira”. 

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