O reitor da Universidade Feevale, José Paulo da Rosa, esteve na Casa do Jornal do Comércio na Expointer na tarde desta quinta-feira (4), acompanhado da diretora de Inovação da instituição, Manuela Bruxel. A comitiva foi recebida pelo presidente do JC, Giovanni Tumelero.
Durante a visita, o reitor destacou a atuação da universidade no Hub Agro, espaço instalado no Parque Assis Brasil em parceria com a Prefeitura de Esteio. O prédio, construído pelo município e operado pela Feevale, abriga startups e iniciativas ligadas à tecnologia e ao empreendedorismo.
“Já selecionamos seis startups que atuam dentro do Hub Agro e, no próximo sábado (6), teremos mais uma rodada de seleção para incluir outras quatro. O compromisso é manter 10 startups em atividade, recebendo mentoria da universidade”, explicou.
Além de funcionar como incubadora, o Hub Agro promove treinamentos e capacitações em empreendedorismo, inclusive com estudantes do ensino fundamental. O objetivo é dar utilidade permanente ao parque, tradicionalmente movimentado apenas durante a Expointer. “É um desafio antigo: fazer com que esse espaço seja aproveitado ao longo de todo o ano. A ideia é que, com esse ecossistema de inovação, possamos ter atividades permanentes aqui”, disse o reitor.
Ao comentar sobre o cenário da educação superior, José Paulo lembrou o impacto da pandemia de Covid-19 e do avanço do ensino a distância. Segundo ele, a Feevale já teve 18 mil alunos em 2019 e hoje mantém 10 mil matriculados.
“O número é estável, mas ainda existe ociosidade, como em todas as universidades comunitárias do Estado, que perderam cerca de 100 mil estudantes desde a pandemia. Nossa expectativa é que o novo marco regulatório do ensino a distância, aprovado em maio, traga parte desses alunos de volta ao presencial a partir de 2026”, afirmou.
O reitor ressaltou que cursos presenciais, principalmente, de Psicologia e Direito são os mais procurados, enquanto as licenciaturas enfrentam baixa demanda. Para ele, a valorização da carreira docente é essencial para evitar um apagão de professores nos próximos anos. “Se não houver políticas de estímulo e valorização, teremos cada vez mais dificuldade em atrair jovens para a sala de aula”, alertou.