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Publicada em 29 de Agosto de 2025 às 00:05

Fazenda de Viamão estreia raça ovina Murciana e amplia presença na Expointer

Espécie tem genética importada da Espanha e aptidão leiteira

Espécie tem genética importada da Espanha e aptidão leiteira

/EDUARDO FAGUNDES/DIVULGAÇÃO/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia Repórter
A Fazenda Mãe Oxum, de Viamão, será um dos destaques da caprinocultura na Expointer 2025, levando animais de seis raças caprinas. Entre eles estará uma fêmea Murciana, de aptidão leiteira, que estreia na mostra.
A Fazenda Mãe Oxum, de Viamão, será um dos destaques da caprinocultura na Expointer 2025, levando animais de seis raças caprinas. Entre eles estará uma fêmea Murciana, de aptidão leiteira, que estreia na mostra.
O exemplar é uma cabritinha nascida em 18 de maio, em Minas Gerais, fruto de transferência de embrião com sêmen importado da Espanha. “Escolhemos a raça pelo potencial leiteiro e pela qualidade para produção de queijos, graças ao equilíbrio entre gordura e proteína”, explica o proprietário Eduardo Fagundes.
Por ser ainda muito jovem, a fêmea virá acompanhada ao parque por duas cabras leiteiras de outras raças — uma Alpina e uma Saanen — que já convivem com ela desde o desmame precoce, em função da tecnologia empregada em seu nascimento. A ideia, segundo o criador, é oferecer companhia e manter o mesmo manejo.
A aposta na Murciana é apenas o primeiro passo. Fagundes revela que novos exemplares da raça, além de outros animais Alpinos, já estão em processo de aquisição. “Até a Expoleite de 2026 queremos ter no mínimo cinco animais Murciana no Estado. Nosso objetivo é disponibilizar genética de ponta em caprinos leiteiros aqui no Rio Grande do Sul, onde ainda temos poucas opções”, afirma.
A Fazenda Mãe Oxum atua há dez anos no fornecimento de caprinos e ovinos para cultos religiosos de matriz africana, mas, desde 2024, passou a investir também em raças puras, estreando na Expointer no ano passado com apenas dois animais. Em 2025, a participação salta para 21 exemplares, entre raças de corte — Boer e Kalahari — e leiteiras — Anglonubiana, Alpina, Saanen e Murciana.
Queremos mostrar que é possível desenvolver aqui uma cadeia produtiva sustentável, unindo a pecuária gaúcha a esse segmento cultural e econômico, com bem-estar animal e qualidade”, afirma.
O plano de expansão prevê investimentos de R$ 2,4 milhões até 2027, com 30 dos 100 hectares da propriedade destinados exclusivamente à caprinocultura. O rebanho já soma 300 animais, sendo 40 de raças puras.

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