Publicada em 25 de Agosto de 2023 às 00:05

Cobertura da pista do Freio de Ouro vai elevar nível técnico da prova

Telhado dará maior segurança para os animais atletas, além de mais comodidade para o público

Telhado dará maior segurança para os animais atletas, além de mais comodidade para o público


/FAGNER ALMEIDA/DIVULGAÇÃO/JC
Ana Esteves, especial para o JC
Ana Esteves, especial para o JC
Neste ano, a chuva que encharca a pista de provas do Freio de Ouro, no Parque de Exposições Assis Brasil, não terá vez. Uma obra, há muito tempo esperada pela Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), finalmente saiu do papel e proporcionará uma elevação do nível técnico das provas, sem risco de chuva ou de barro, dando maior segurança para os animais atletas, além de comodidade para quem acompanhar as finais da raça, como o Freio de Ouro e a Morfologia.
"Essa é a grande novidade do Freio deste ano: as coberturas das pistas principal e auxiliar, comumente chamada de pista de aquecimento, onde os animais ficam, antes de competirem", afirma o presidente da ABCCC, César Hax.
A subsecretária do parque, Elizabeth Cirne Lima, acrescenta que a cobertura das duas pistas é uma obra gigante, que vai transformar a pista de treino numa possível segunda pista de prova e também que vai possibilitar realizar mais de um evento ou corrida simultâneos.
"O próximo passo é a construção das arquibancadas que vão ser no entorno da pista principal de provas, feitas de alvenaria e, embaixo delas, vestiários, casas de apoio, espaço de loja." Segundo ela, a partir da modernização, as provas do Freio de Ouro que acontecem no Interior, durante as seletivas, vão acontecer no parque de 15 em 15 dias.
Entre as melhorias em infraestrutura, estão mais 96 cocheiras construídas pela associação para dar suporte aos criadores, dispensando estruturas móveis para acomodação dos animais. Elas abrigarão os animais que participarão do Freio de Ouro.
Já no camping, que também passa por reformulações, a parte hidráulica dos banheiros deve estar concluída também nesta semana e será iniciada a colocação dos sanitários e chuveiros.
Em relação à comercialização de animais na mostra, Hax diz que há sempre uma grande expectativa, principalmente porque os resultados da Expointer, ano após ano, se superam.
"Temos cinco leilões programados nos quais serão ofertados o melhor em termos de genética que se tem hoje dentro da raça. Não tenho dúvida de que os números individuais vão superar os do ano passado."
Segundo o dirigente, a raça crioula vem, nos últimos três anos, num cenário comercial muito forte, em que a liquidez sempre é importante, e ela vem se mantendo, e os números de comercialização finais são muito bons.
Sobre a prova, neste ano, serão 102 animais, oito a mais em relação a anos normais, em função da Expo FICCC 2023, de Buenos Aires. "De lá, virão quatro machos e quatro fêmeas somados aos 94 animais que comumente participam das provas", diz Hax. A expectativa para as provas é muito grande, pois foi realizado um ciclo de classificatórias um pouco diferente dos últimos anos: com todas as vagas preenchidas, à exceção da classificatória de Camaquã que teve uma vaga não preenchida.
"O ciclo de classificatórias já nos projetou uma final de Freio muito parelha. São todos animais muito competitivos e com o advento da cobertura da pista vai elevar ainda mais o nível de provas, pela oferta de um piso diferente", aponta.
 
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