Publicada em 24 de Agosto de 2023 às 19:23

Pavilhão da agricultura familiar bate novo recorde

São 372 empreendimentos selecionados que estarão distribuídos em 338 estandes e sete cozinhas

São 372 empreendimentos selecionados que estarão distribuídos em 338 estandes e sete cozinhas


LUIZA PRADO/JC/LUIZA PRADO/JC
Ana Esteves, especial para o JC
Ana Esteves, especial para o JC
A diversidade de produtos sempre foi a marca do pavilhão mais badalado da Expointer. E, neste ano, não vai ser diferente: da geleia de morango com espumante ao biscoito amanteigado de limão siciliano, do doce de figo com vinagre balsâmico e manjericão ao suco integral de morango com uva, tem produtos para todos os paladares. O sucesso do espaço se confirma ano após ano, batendo recorde em cima de recorde de expositores inscritos e vendas. Neste ano isso se repetiu: são 372 empreendimentos selecionados que estarão distribuídos em 338 estandes e sete cozinhas. Ou seja, pelo menos 35 empreendimentos a mais do que no ano passado, quando 337 estiveram presentes.
Sobre faturamento, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, diz que o objetivo é superar a marca de 2022, quando as vendas ultrapassaram os R$ 8,1 milhões. "Os números foram ótimos, batemos recordes, voltávamos de uma pandemia", afirma. Na última edição sem restrições devido à pandemia de Covid-19, em 2019, o espaço comercializou R$ 4,5 milhões. A Fetag investiu R$ 80 mil numa sala de higienização, com pias de inox, que servirá de apoio a todos os expositores do pavilhão da agricultura familiar. "Até a edição passada, os expositores usavam tanques ao ar livre para poder higienizar seus equipamentos de trabalho", lembra Silva. Outro dado que chama a atenção é o número de empreendimentos liderados por jovens e mulheres. Em 2023, os jovens estão à frente de 87 empreendimentos e as mulheres comandam 148.
Entre as novidades ofertadas na mostra deste ano, Silva cita a cachaça extra premium, envelhecida por quatro anos, em pipas de carvalho americano, do município de Santa Tereza, o salame tipo italiano com queijo, de Frederico Westhpalen, os chips de mandioca e páprica doce, de Dona Francisca, o doce de leite zero lactose, de Santa Vitoria do Palmar, o suco de uva com goiaba, de Bento Gonçalves, o azeite de nozes e a pasta de nozes, também de Bento Gonçalves, o sal com PANCs (plantas alimentícias não convencionais), de Maquiné, mel e alho negro, de Monte Belo do Sul, Blend de cachaça de 11 madeiras envelhecidas, de Harmonia, embutidos feitos com suínos da raça Moura, de Carlos Barbosa, linguiça giboia com queijo, de Nova Bassano e o doce de leite com café, de Morro Redondo.
O pavilhão contará ainda com produtores ligados ao artesanato, às flores e plantas. Outras 15 agroindústrias trabalharão com produtos orgânicos e quatro estandes com artesanato indígena das etnias Mbyá-Guarani, Kaingang e Xokleng. No artesanato, estarão produtos elaborados com matérias-primas encontradas nas propriedades rurais, como a lã, as fibras vegetais, o couro, a madeira, os porongos e os artigos de cutelaria ligados à tradição gaúcha. Entre os produtores de plantas e flores se destacam a produção de suculentas, orquídeas, bromélias, cactos e a oferta de sementes crioulas. Além das agroindústrias gaúchas, haverá a participação de quatro cooperativas da agricultura familiar de Minas Gerais.
Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, as feiras da agricultura familiar se consolidam como um importante instrumento de transformação social e geração de renda. No primeiro semestre, foram 15 eventos que, somados, geraram quase
R$ 10 milhões em vendas, apenas nos espaços destinados à agricultura familiar. "Não tenho dúvidas de que os números do Pavilhão da Agricultura Familiar na Expointer deste ano também baterão todos os recordes", destacou.
 
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