Publicada em 17 de Agosto de 2023 às 17:36

Plano ABC+RS promove adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono

Em 2019, Brilhante, foi vencedor do prêmio O Futuro da Terra na categoria Inovação e Tecnologia Rural

Em 2019, Brilhante, foi vencedor do prêmio O Futuro da Terra na categoria Inovação e Tecnologia Rural


ANA TERRA FIRMINO/JC
Cláudio Isaías
O Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária - ABC no Rio Grande do Sul (Plano ABC+RS) visa ao desenvolvimento sustentável para o período 2020-2030. A ideia do projeto é aumentar a eficiência e a resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem rural. No Rio Grande do Sul, a coordenação do projeto é do engenheiro florestal Jackson Freitas Brilhante de São José, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, ganhador do prêmio Futuro da Terra 2023 na categoria Preservação Ambiental.
O Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária - ABC no Rio Grande do Sul (Plano ABC+RS) visa ao desenvolvimento sustentável para o período 2020-2030. A ideia do projeto é aumentar a eficiência e a resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem rural. No Rio Grande do Sul, a coordenação do projeto é do engenheiro florestal Jackson Freitas Brilhante de São José, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, ganhador do prêmio Futuro da Terra 2023 na categoria Preservação Ambiental.
O Plano ABC + RS é composto por oito tecnologias que são mitigadoras de emissões de carbono: o sistema de plantio direto de grãos, o plantio direto de hortaliças; florestas plantadas; sistemas de integração; bioinsumos; terminação intensiva; práticas de recuperação de pastagens degradadas e sistemas irrigados. De acordo com o engenheiro florestal, o Plano ABC+RS possui os compromissos até 2030 de ampliar em 1,43 milhão de hectares as áreas com adoção de Práticas para Recuperação de Pastagens Degradadas (PRPD) e estender em 600 mil hectares a área com adoção de Sistema de Plantio Direto.
Segundo Jackson Brilhante, o plano pretende ampliar em 1,005 milhão de hectares a área com adoção de sistemas de integração, sendo 1 milhão de hectares referentes a lavoura, pecuária e floresta e cinco mil hectares destinados aos sistemas agroflorestais. "Muitas dessas tecnologias já vêm sendo feitas pelos produtores. Agora, o nosso trabalho é fortalecer, difundir e mostrar os benefícios para o produtor e ao mesmo tempo mostrar ao mundo o nosso trabalho, até porque a produção sustentável está sendo cobrada na produção de alimentos", destaca.
Para ele,  as tecnologias são reconhecidas internacionalmente e acabam sendo uma grande oportunidade de o Rio Grande Sul ajudar o País e também de sinalizar para o mundo o seu compromisso sustentável. O projeto quer ampliar ainda em 322 mil de hectares a área com adoção de Florestas Plantadas e aumentar em 1 milhão de hectares a área com adoção de Bioinsumos. O projeto tem a proposta de chegar em 216 mil hectares a área com adoção de sistemas irrigados e expandir em 11,8 milhões de metros cúbicos a adoção de manejo de resíduos da Produção Animal. Outra proposta é alcançar em 200 mil os bovinos em terminação intensiva.
As Metas do Plano ABC+RS, segundo o engenheiro, deverão ser revisadas, quando necessário, pelo Comitê Gestor Estadual do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. É a segunda vez que Jackson Brilhante conquista o prêmio Futuro da Terra. A primeira foi em 2019, na categoria Inovação e Tecnologia Rural. O Rio Grande do Sul foi terceiro estado no Brasil a publicar o Plano ABC + - os primeiros estados foram o Mato Grosso e Santa Catarina. "Estou feliz com a indicação porque esse reconhecimento nos dá força para continuar o trabalho que estamos realizando em promover a adoção das tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbono no Rio Grande do Sul", acrescenta.
No projeto ABC + RS, o engenheiro florestal atuou em parceria com a colega zootecnista Carolina Bremm. "Dedico o prêmio Futuro da Terra também aos meus colegas da Seapi e a todas as entidades integrantes do Comitê Gestor Estadual do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono que ajudaram a construir o Plano ABC + RS", destaca.

Brilhante é engenheiro florestal formado pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, doutor em Ciência do Solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pós-doutor em Fixação Biológica de Nitrogênio, também pela Ufrgs. Ele atuou durante oito anos em empresas do setor florestal nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul na área de pesquisa e desenvolvimento florestal. Ingressou na Seapi em 2014 atuando na coordenação do Comitê Gestor Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). A partir de 2017, passou a desempenhar suas funções no Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), conduzindo pesquisas na áreas de Fixação Biológica de Nitrogênio e Balanço de Carbono em sistemas florestais.
Em 2019, Jackson Brilhante, foi vencedor do prêmio "O Futuro da Terra" na categoria Inovação e Tecnologia Rural, pela condução pesquisas que investigavam formas de potencializar a produção de acácia negra no Rio Grande do Sul, com a utilização de bactérias que ajudassem a fixação biológica de nitrogênio em mudas. Em 2023, a segunda conquista é com  promoção das tecnologias e coordenação do Plano Estadual de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono do Rio Grande do Sul (Plano ABC+RS) 2020/2030.
*Premiado: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi)
*Categoria: Preservação Ambiental
 
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