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O primeiro dos oito últimos jogos de uma loucura chamada Suárez
O torcedor do Grêmio que for à Arena às 11h deste domingo para assistir ao Tricolor encarar o Cuiabá, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, irá acompanhar de perto o primeiro dos oito últimos jogos de uma loucura chamada Luiz Suárez.
Depois do confronto matinal do domingo, o craque uruguaio irá entrar em campo apenas mais sete vezes na Arena gremista. E, desde já, percebe-se um sentimento de viuvez começar a se apossar da alma do gremista. E não é por menos.
Suárez é o maior e melhor jogador que atuou nos campos do Rio Grande do Sul desde que Ronaldinho Gaúcho deixou o Grêmio em 2001. Nenhum outro atleta que vestiu as camisas de Grêmio ou Inter nesse período chegou sequer perto do camisa 9 uruguaio.
Há um ou dois anos, se alguém falasse que Luisito vestiria a camiseta do Grêmio, seria imediatamente encaminhado para uma avaliação psiquiátrica. Não estaria bem da cabeça, certamente. Enlouquecera. Pois, futebol e loucura caminham lado a lado, de mãos dadas, acariciando-se, sorrindo e chorando, sofrendo e celebrando.
Suárez desembarcou em Porto Alegre e mostrou a todos como um homem, apenas um homem, pode transformar o estado de espírito de uma nação de milhões e milhões de fanáticos torcedores.
Luisito fez gols, deu assistências, reclamou dos companheiros que não conseguem acompanhar sua velocidade de raciocínio, brigou com a arbitragem, promoveu o Grêmio internacionalmente como nunca antes havia ocorrido, fez uma multidão de torcedores se associarem ao clube, capitaneou o time no título gaúcho e nas boas campanhas na Copa do Brasil e, principalmente, no Campeonato Brasileiro e, também, claro, protagonizou uma polêmica que parecia sem fim a respeito do seu futuro.
O quarto maior artilheiro do futebol mundial em atividade não é apenas um jogador. Suárez é uma marca e, junto com ele, atrai olhares de todo o planeta e alça o clube do qual ele veste a camiseta a uma prateleira superior no status internacional do esporte.
O Grêmio viveu e conquistou todas as glórias possíveis de serem conquistadas antes de Luisito pisar por aqui. O Grêmio viverá e, certamente, seguirá acumulando títulos a serem celebrados por sua torcida. Entretanto, nenhum outro ano da gloriosa história gremista será como esse 2023.
Assim, torcedor gremista que for à Arena na manhã deste domingo, aproveite cada minuto, cada segundo, em que Suárez estiver em campo. Se puder, compareça ao confronto contra o Palmeiras, no dia 21, e contra o Athletico-PR (18/10), e diante do Flamengo (25/10), e contra o Bahia (5/11), e frente ao Corinthians (12/11), e diante do Goiás (26/11) e, por fim, torcedor gremista, lote o estádio no dia 29 de novembro, quando, contra o Vasco, Luisito Suárez deverá jogar pela última vez em Porto Alegre vestindo a camiseta tricolor.
Quem sabe, algum dia, outro jogador como esse centroavante uruguaio que ama o mate como nós, gaúchos, apareça por essas bandas do Sul do mundo para nos presentear com o seu talento. Tudo é possível. Mas, por via das dúvidas, torcedor gremista, viva essa loucura intensamente enquanto puder. Viva ao máximo.