Chefe da LaLiga se reúne com embaixador brasileiro na Espanha e volta a condenar racismo

Após declarações polêmicas sobre os ataques racistas sofridos por Vinícius Júnior, presidente da LaLiga, voltou a condenar o racismo no futebol, desta vez em reunião com o embaixador brasileiro na Espanha

Por Agência Estado

The president of the Spanish football league 'La Liga' Javier Tebas gestures as he gives a press conference in Madrid on May 25, 2023 amid an international outcry after racist abuse was hurled at Real Madrid's Brazilian forward Vinicius Junior during a Spanish league match. - The 22-year-old Brazilian forward drew international support after making a stand against the last racist abuse he received from Valencia supporters on May 21. (Photo by OSCAR DEL POZO / AFP)
Após declarações polêmicas pouco depois dos ataques racistas sofridos por Vinícius Júnior, o presidente da LaLiga, Javier Tebas, voltou a condenar o racismo no futebol, desta vez numa reunião com o embaixador brasileiro na Espanha, Orlando Leite, nesta sexta-feira (26). Tebas e Leite se encontraram de forma a encerrar um início de crise diplomática entre Brasil e Espanha, no início da semana, em razão das ofensas ao jogador do Real Madrid.

"Em uma reunião realizada nesta manhã, em Madri, o embaixador brasileiro na Espanha, Orlando Leite, e o presidente da LaLiga, Javier Tebas, concordaram que não há espaço no mundo de hoje para atos racistas, como aqueles que aconteceram no dia 21 de maio, em Valência, contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior", diz nota emitida pela LaLiga, a empresa que organiza o Campeonato Espanhol.

Como vem acontecendo desde o início da semana, a LaLiga cobrou às autoridades por punição aos envolvidos naqueles atos racistas. Tebas vem insistindo que a liga não tem poder para aplicar sanções nos torcedores. "Agora é importante que as instituições relevantes hajam para identificar e punir os torcedores da maneira adequada, mandando uma mensagem clara de que todo comportamento racista e xenofóbico não será tolerado."
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Após a reação brasileira, a Real Federação Espanhola de Futebol e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, vieram a público condenar o comportamento racista dos torcedores. Luis Rubiales, chefe da federação, chegou a criticar diretamente Tebas por suas declarações.