Audiência de processo da tragédia da Chapecoense será em abril

Valor estipulado para a causa é de US$ 844 milhões (R$ 4,4 bilhões), acrescido de juros

Por Folhapress

Avião que caiu nos arredores de Medellín, na Colômbia, em 28 de novembro de 2016, matando 71 pessoas Rescue teams work in the recovery of the bodies of victims of the LAMIA airlines charter that crashed in the mountains of Cerro Gordo, municipality of La Union, Colombia, on November 29, 2016 carrying members of the Brazilian football team Chapecoense Real. A charter plane carrying the Brazilian football team crashed in the mountains in Colombia late Monday, killing as many as 75 people, officials said. / AFP PHOTO / STR / Raul ARBOLEDA
Audiência marcada para 20 de abril, no Tribunal de Miami, nos Estados Unidos, pode dar início formal ao processo em que sobreviventes e familiares das vítimas do acidente da Chapecoense pedem indenização da corretora de seguros e resseguradora do voo da empresa boliviana LaMia. O valor estipulado para a causa é de US$ 844 milhões (R$ 4,4 bilhões). O montante seria acrescido de juros.
A questão estava suspensa desde o ano passado porque a Tokio Marine Kiln havia conseguido paralisá-la graças a uma decisão concedida pela Justiça em Londres. A companhia era a resseguradora do avião que caiu nos arredores de Medellín, na Colômbia, em 28 de novembro de 2016, matando 71 pessoas.
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As vítimas apontam irregularidades na apólice, que invalidariam as argumentações das empresas. Um dos documentos apresentados é uma troca de e-mails entre Aon, Tokio Marine Kiln, os donos da LaMia e os da aeronave. As mensagens mostrariam que todos tinham conhecimento de que eram realizados voos para a Colômbia.
Há também um questionamento sobre como o seguro da LaMia teve redução em US$ 276 milhões (R$ 1,55 bilhão) a partir do momento em que a companhia aérea passou a fazer voos comerciais e transportar equipes de futebol. A avaliação dos advogados é que o valor da apólice deveria subir, não cair.
No passado, a Aon havia dito que, como corretora, não tem entre suas atribuições o pagamento da apólice. Para as resseguradoras, a LaMia tornou o seguro inválido quando decidiu voar para a Colômbia. Pelo contrato, o país é uma exceção territorial e o avião da companhia aérea não poderia ter decolado para lá.