Em jogo de cinco gols, Eslováquia elimina a Itália
Empatada com a Nova Zelândia, na segunda colocação do Grupo E, a Itália entrou em campo, em Johannesburgo, para buscar a classificação na Copa da África. Com apenas dois pontos, os atuais campeões do mundo imaginavam brigar contra o concorrente direto da Oceania na tabela e o líder Paraguai - que se enfrentavam em Polokweine, no mesmo horário - por uma vaga na próxima fase da competição. No entanto, os tetracampeões parecem ter ignorado as chances do adversário desta quinta-feira (24), a lanterna da chave com apenas um ponto.
O erro custou caro e a Eslováquia abriu o marcador ainda na etapa inicial. Em um final de jogo digno de Copa do Mundo, a equipe do Leste Europeu demonstrou muita força para garantir a vitória por 3 a 2 e a classificação para as oitavas de final em 2010, ao lado do Paraguai que confirmou a liderança, ao empatar em 0 a 0 com a Nova Zelândia. O resultado eliminou os atuais campeões, que se despedem do mundial na primeira fase sem nenhuma vitória.
Em busca da reabilitação, Marcello Lippe promoveu algumas alterações no time titular. O veterano Gattuso ganhou a vaga de Marchisio no meio de campo. No ataque, Gillardino foi para o banco e o artilheiro do Calccio em 2009, Di Natale, começou a partida ao lado de Pepe e do contestado Iaquinta.
Do outro lado, o técnico Vladmir Weiss surpreendeu ao sacar o próprio filho do time titular. O meia, que leva o mesmo nome do pai, era uma das principais esperanças criativas da Eslováquia, mas deixou a equipe para a entrada de Stoch .
No gramado do Ellis Park, os primeiros minutos foram de muita marcação e excesso de faltas. Ao todo, onze paralisações, em apenas 13 minutos, deixaram a jabullani em segundo plano nos momentos iniciais duelo. Nesse meio tempo, eram os eslovacos que ameaçavam. Na bola alçada, Vittek ajeitou para a finalização de Hamsik, a esquerda da meta de Marchetti.
Contrariando todas as expectativas, a seleção da Europa Oriental dominava as movimentações ofensivas. Assim, Jendrisek aproveitou a trapalhada de De Rossi na defesa e acionou Vittek que, na entrada da área, desviou para as redes e colocou a Eslováquia em vantagem no placar e na luta pela classificação.
Com o resultado de Paraguai e Nova Zelândia, o gol eliminava os italianos. Entretanto, antes do intervalo, a Azzurra não conseguiu criar uma chance sequer para buscar a recuperação. Pelo contrário, aos 47 minutos, Vittek escorou e Kucka esteve muito perto de ampliar o escore com um belo arremate, rente a trave esquerda de Marchetti.
Os últimos 45 minutos seriam decisivos para o sonho do pentacampeonato italiano. Marcello Lippe sabia disso e foi para o segundo tempo com todas as cartas na mesa. No retorno dos vestiários, o atacante Quagliarella entrou no lugar do volante Gattuso e Maggio reforçou a ala esquerda, substituindo a Criscito. Assim, os atuais campeões voltaram para a etapa complementar com quatro homens de frente.
Além disso, a principal esperança, ainda em processo de tratamento de lesão, Andrea Pirlo aquecia na beira do gramado e não demorou muito para realizar a sua estréia na África, na vaga de Montolivo. As modificações funcionaram e a Squadra pressionava. Por outro lado, a Eslováquia explorava os contragolpes com muito perigo sobre a desguarnecida defesa da italiana.
Com a combinação de resultados, a Itália, que perdia por 2 a 1, avançaria para as oitavas de final com apenas um gol. Contudo, a Eslováquia tratou de jogar outro balde d'água fria nas esperanças italianas. No primeiro toque, Kopunek - que acabara de entrar - recebeu um arremesso lateral da direita e encobriu o goleiro Marchetti para fazer 3 a 1.
O terceiro gol poderia significar o fim de jogo para Itália, não fosse o belo chute de Quagliarella, que recolocou a Itália na disputa, aos 46 minutos, marcando um golaço de fora da área: 3 a 2. Todavia, a tragédia italiana chegaria ao ápice no último minuto. Pepe teve a bola do jogo, mas desperdiçou o que seria o empate e a classificação, aos 49 minutos, sozinho na pequena área.
Eslováquia 3 x 2 Itália
Eslováquia: Mucha; Pekarik; Skrtel; Durica; Zabavnick; Strba (Kopunek); Kucka; Stoch; Hamsik; Vittek (Sestak) e Jendrisek (Petras). Técnico: Vladimir Weiss.
Itália: Marchetti; Zambrotta; Cannavaro; Chiellini; Criscito (Maggio); Gattuso (Quagliarella); De Rossi; Montolivo (Pirlo); Pepe Di Natale e Iaquinta. Técnico: Marcello Lippi.