Sociedade e governos também precisam ajudar, diz Sinplast-RS

Setor plástico no Rio Grande do Sul tem investido para reduzir impacto ambiental, apostando em educação e conscientização

Por Marcelo Beledeli

Presidente do sindicato, Gerson Haas é entusiasta do reaproveitamento de materiais
Apontado muitas vezes como um vilão do meio ambiente, o setor plástico também tem investido muito para reduzir seu impacto ambiental. Desde 2007, o Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS) realiza o Programa Sustenplást RS, que busca mudar a percepção da sociedade brasileira sobre o plástico. Seu objetivo é mostrar a relevância e utilidade do material no conforto e na praticidade da vida moderna, e, dessa forma, valorizar a cadeia produtiva. O Sustenplást tem como foco principal a conscientização e educação para o conceito dos "3 Rs": reduzir, reutilizar e reciclar.
O Sustenplást trabalha em diferentes ações e atividades junto à opinião pública, à comunidade, a entidades e autoridades. O programa leva a sua mensagem através da edição de uma revista infantil, de palestras educativas, de atividades recreativas e de conscientização ambiental, da participação em feiras e eventos do setor, e de parcerias com entidades e órgãos públicos e privados interessados na disseminação de informações corretas acerca da reciclagem e valorização do material plástico como matéria-prima nobre.
Segundo Gerson Haas, presidente do Sinplast-RS, "temos que assentar tudo na sustentabilidade para preservar o planeta, diminuir custos e inserir mais pessoas no mercado de trabalho". No entanto, o dirigente afirma que o poder público e os consumidores também têm que fazer sua parte para auxiliar as empresas.
"É preciso educar as pessoas e facilitar sistemas para os materiais descartados cheguem a uma indústria de novo, para reaproveitamento. Temos que destinar corretamente para que esses materiais cheguem a uma cooperativa de reciclagem e daí sejam entregues a uma indústria de transformação de reciclagem", destaca.
Haas também defende tirar do papel de fato a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que foi criada ainda em 2014. "Hoje, ainda 70% dos municípios brasileiros possuem aterro a céu aberto. A PNRS previa sistemas de coletas de recicláveis nos próprios estabelecimentos onde eles são vendidos", comenta.
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