Os acidentes de trânsito são um grave problema de saúde pública no Brasil, e é no fim do ano que os números ficam mais evidentes. Entre Natal e Ano Novo, há um maior movimento nas estradas em relação a outros feriados, por isso é necessário atenção para um aspecto particular: a maioria dos acidentes no período é considerada evitável.
Os acidentes de trânsito são um grave problema de saúde pública no Brasil, e é no fim do ano que os números ficam mais evidentes. Entre Natal e Ano Novo, há um maior movimento nas estradas em relação a outros feriados, por isso é necessário atenção para um aspecto particular: a maioria dos acidentes no período é considerada evitável.
Levantamento do Detran/RS, em 2022, mostrou que no Natal e no Réveillon morre, no trânsito, uma pessoa a mais por dia quando comparados aos períodos sem feriados. O estudo também constatou um aumento no índice de alcoolemia nessas datas, que pode ultrapassar até 50% entre os envolvidos em acidentes com mortes.
Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável pela fiscalização e controle do trânsito em rodovias federais no País, indicam que cerca de 78% das mortes ocorrem devido ao comportamento do condutor, seguido de 13% relacionado à infraestrutura, depois 5% relacionado ao comportamento do pedestre. Fatores naturais representam 4%.
No Rio Grande do Sul, tradicionalmente, há um intenso deslocamento em direção ao Litoral Sul e Norte e às praias da Costa Doce. Então, para quem vai pegar a estrada, o lema deve ser comemorar, mas sem abusar do consumo de álcool. No ano passado, somente no período de Réveillon, o número de autuações de motoristas embriagados por parte da PRF aumentou em 70% no País.
Obviamente, há de se levar em consideração, as condições das rodovias no Brasil, fatores determinantes para a ocorrência de sinistros. Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), que avaliou 111.502 quilômetros de rodovias brasileiras, identificou que 85,5% da extensão total - 94.778 quilômetros - são de pista simples e 14,5% de duplicadas. E é nas pista simples que ocorrem o maior número de óbitos.
A pesquisa da CNT mostra que, em 2022, o índice de rodovias consideradas regulares, ruins e péssimas era de 66% e, em julho deste ano, quando o levantamento foi realizado, chegou a 67,5%. No Rio Grande do Sul, 72,2% da malha rodoviária pavimentada apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima, e 27,8%, ótima ou boa.
Apesar dos números, alarma constatar que o comportamento do condutor ainda é a principal causa de acidentes, por isso fica o alerta para que estejam atentos a regras fundamentais, como não ultrapassar em locais proibidos e não exceder os limites de velocidade estabelecidos. Basta lembrar que a vida das pessoas vale mais que pressa e imprudência.