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Selic continua alta para segurar a inflação do Brasil
Taxa influencia todos os juros do País, como os que incidem sobre empréstimos, financiamentos e aplicações
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez seguida. A popular Selic continua nesse patamar, uma vez que, na avaliação do Copom, as incertezas em relação às contas públicas e a persistência das pressões inflacionárias exigem atenção.
O comitê reafirmou que pode voltar a subir os juros se considerar necessário, mas as nossas taxas reais são as maiores do mundo. Já o Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) aumentou os juros básicos pela oitava vez seguida. A alta de 0,25 ponto percentual levou a taxa para o intervalo de 4,5% a 4,75% ao ano.
A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. Ela influencia todas as taxas de juros do País, como as que incidem sobre os empréstimos, os financiamentos e as aplicações financeiras. A Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia. O BC opera no mercado de títulos públicos para que a taxa Selic efetiva esteja em linha com a meta da Selic definida na reunião do Comitê de Política Monetária do BC.
O nome Selic vem da sigla Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Tal sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo BC. Nele são transacionados títulos públicos federais. A taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic.
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia é o sistema em que se efetua a custódia e se registram as transações com a maioria dos títulos emitidos pelo Tesouro. Por ser gerida pelo Banco Central (BC), é uma infraestrutura do mercado financeiro (IMF), e, assim, faz parte do Sistema de Pagamentos Brasileiros (SPB).
O sistema Selic é fundamental em possíveis casos de falência ou insolvência de instituições financeiras. A liquidação em tempo real e o registro das transações com títulos públicos federais em seu banco de dados podem coibir fraudes e prevenir o contágio em outras instituições.
Com o fabuloso déficit nas contas da União previsto para este ano de 2023, o governo terá que buscar alternativas para cobrir o rombo. Mas, isso não será fácil enquanto durarem as isenções que foram dadas no ano passado e que continuam, no caso do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a prejudicar também as finanças dos estados, incluindo-se aí o Rio Grande do Sul.