Fazenda divulga documento detalhando proposta de reoneração gradual da folha de pagamento

Estimativa de renúncia, no novo modelo, é de R$ 5,6 bilhões, ante R$ 12,3 bilhões do modelo atual

Por Agência Estado

Equipe econômica avalia alterações que podem acabar com descontos
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulgou nesta quinta-feira, 18, o estudo que embasou a proposta para reoneração gradual da folha de pagamento da pasta. Segundo o documento, a medida provisória apresentada no final de 2023 é alternativa à judicialização da prorrogação da desoneração para 17 setores da economia até 2027, incompatível com o Orçamento e inconstitucional, após a reforma da Previdência.Além disso, a proposta do governo é mais enxuta: a estimativa de renúncia, no novo modelo, é de R$ 5,6 bilhões, ante R$ 12,3 bilhões do modelo atual."A nova política proposta pelo Executivo busca minimizar as distorções em relação ao que já estabelece a política anterior, mantendo determinado nível de desoneração para setores em que há atualmente maior relevância do uso do benefício. Além disso, apresenta mecanismo gradual de redução do benefício para que as empresas tenham tempo de se ajustar", diz o documento.O modelo defendido pela Fazenda prevê a aplicação de uma alíquota diferenciada para o primeiro salário mínimo, como forma de incentivar a criação de emprego formal, especialmente para postos de trabalho de remuneração mais baixa que costumam ser ocupados por trabalhadores menos qualificados ou jovens ingressando no mercado de trabalho. Haverá uma gradual recomposição da alíquota diferenciada ao longo de quatro anos, processo que acabaria em 2027.A proposta selecionou, inicialmente, as atividades entre as 20% com maior participação de massa salarial em relação ao total. A partir dessa triagem, foram levantadas as atividades que estavam entre as 50% com maiores participação da renúncia antiga à massa salarial.Por fim, houve a divisão em dois grupos para definir alíquotas de incidência sobre o primeiro salário, além da exigência de as empresas beneficiadas manterem o número de empregados.Pela divisão, as categorias de transporte terrestre, tecnologia da informação e atividades de rádio e televisão terão alíquota de 10% sobre o primeiro salário mínimo já em 2024. Já os setores de Couro e calçados, obras de infraestrutura, atividades de consultoria em gestão empresarial, edição e edição integrada à impressão ficam com alíquota de 15%.

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