O setor da indústria eletroeletrônica espera um aumento de 2% no faturamento, que deverá alcançar R$ 208 bilhões e projeta elevação de 3% na produção. No próximo ano, os empregos devem passar de 264 mil para 266 mil vagas. Com relação aos investimentos, a previsão é que haja um crescimento de 3%, o que deve resultar num total de R$ 3,6 bilhões. Os dados foram apresentados pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, nesta quinta-feira (14) durante reunião-almoço no Ritter Hotel, em Porto Alegre. O setor prevê ainda que as exportações devem crescer 4% (US$ 7,5 bilhões) e as importações, 3% (US$ 44,5 bilhões). Sobre a capacidade instalada, os dados apontam que deve aumentar de 72% para 74%. Levantamento realizado pela indústria eletroeletrônica com associados da Abinee aponta que 64% das empresas do setor projetam crescimento para as vendas da indústria. Já 33% esperam estabilidade e 3% preveem queda em 2024.
O setor da indústria eletroeletrônica espera um aumento de 2% no faturamento, que deverá alcançar R$ 208 bilhões e projeta elevação de 3% na produção. No próximo ano, os empregos devem passar de 264 mil para 266 mil vagas. Com relação aos investimentos, a previsão é que haja um crescimento de 3%, o que deve resultar num total de R$ 3,6 bilhões. Os dados foram apresentados pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, nesta quinta-feira (14) durante reunião-almoço no Ritter Hotel, em Porto Alegre. O setor prevê ainda que as exportações devem crescer 4% (US$ 7,5 bilhões) e as importações, 3% (US$ 44,5 bilhões). Sobre a capacidade instalada, os dados apontam que deve aumentar de 72% para 74%. Levantamento realizado pela indústria eletroeletrônica com associados da Abinee aponta que 64% das empresas do setor projetam crescimento para as vendas da indústria. Já 33% esperam estabilidade e 3% preveem queda em 2024.
Conforme Barbato, a indústria eletroeletrônica está habilitada a dar a sua contribuição em temas de grande impacto na sociedade e que fazem parte da nova política industrial como a eletromobilidade, a segurança cibernética, as cidades inteligentes, a inteligência artificial, a indústria 4.0 e a economia circular. O presidente da Abinee destaca que a tão esperada reforma tributária deverá aumentar a competitividade da indústria, reduzindo a complexidade do sistema tributário do País e desonerando as exportações e os investimentos.
De acordo com o presidente da Abinee, a nova política nacional de semicondutores e a construção de uma política de neoindustrialização também podem trazer expectativas positivas para o setor eletroeletrônico. "Qualquer estratégia de neoindustrialização passa pelo aumento da sofisticação tecnológica do tecido produtivo brasileiro, em que agenda de inovação tem peso fundamental e a indústria elétrica e eletrônica é protagonista", acrescenta.
Com relação a 2023, a indústria eletroeletrônica encerrou com um faturamento de R$ 204,2 bilhões, uma queda nominal de 6% na comparação com 2022, de acordo com a Abinee. Em termos reais, a queda também foi de 6%, uma vez que a inflação média do setor, medida através do Índice de Preços ao Produtor (IPP) divulgado pelo IBGE ficou praticamente estável em 2023. A produção física do setor apresentou queda de 8% em 2023 em relação ao ano passado. Essa forte redução acompanha o fraco desempenho da produção de bens de capital, que conforme dados do IBGE, acumula retração de 10% nos primeiros dez meses de 2023 em relação ao mesmo período de 2022.
O número de empregados do setor também teve queda, encerrando o ano com 263,3 mil trabalhadores, quatro mil vagas a menos que no final de 2022 (263,7 mil trabalhadores). A utilização da capacidade instalada passou de 76% em dezembro de 2022 para 72% no final de 2023, percentual mais baixo desde junho de 2020 (68%). Os segmentos que puxaram para baixo o valor do faturamento foram informática (-17%), telecomunicações (-21%) e componentes (-25%).
O diretor regional da Abinee, Régis Haubert, disse que 2024 será um ano com uma tendência normal de crescimento - mas com uma base que ficou muito fragilizada em função da pandemia da Covid-19. "A pandemia antecipou muitas compras no nosso setor. Quando tivemos home office em função do Covid a indústria eletroeletrônica não parou. As pessoas precisaram de mais eletrodomésticos porque estavam em casa", destaca.
O economista Igor Morais, sócio da Vokin Investimentos, apresentou as perspectivas da economia brasileira e internacional, ao avaliar os impactos potenciais no desempenho do setor eletroeletrônico para 2024. Segundo Morais, a geopolítica é um dos grandes desafios que coloca o Brasil neste cenário e que afeta as empresas do setor. "Em uma questão geopolítica há impactos em cadeias produtivas e onde as empresas decidem por novos investimentos. É certo que Rússia e China saem de cena e entra a Índia como um gigante", destaca.
O economista falou sobre os principais desafios do governo brasileiro que são o crescimento populacional e a questão fiscal. Com relação ao governo do Estado, Igor Morais disse que não adianta aumentar tributos ou tirar incentivos fiscais. "No fim das contas quem vai pagar será o cidadão gaúcho. O nosso vizinho Santa Catarina é um bom exemplo porque não tira incentivos e nem aumenta tributos", acrescenta.