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Lufthansa Group quer reduzir em 50% emissões de CO2 até 2030
Aeronaves novas e uso de combustíveis verde estão entre as iniciativas previstas pelo grupo
O Grupo Lufthansa, da Alemanha, quer reduzir em 50% as emissões de CO2 de toda sua estrutura global até o ano de 2030. O programa, que prevê novas aeronaves e uso de combustíveis sustentáveis, entre outras inciativas, foi apresentado ontem, em Porto Alegre, pela executiva de contas da Lufthansa, Patrícia Ribeiro, durante o almoço da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHKRS), no hotel Hilton.
Com mais de 24 anos dedicados à indústria da aviação e certificação em Hidrogênio Verde/ Energia renovável e ESG, Patrícia explicou que as definições dentro do programa de sustentabilidade têm como foco o Acordo de Paris, durante na COP27, de manter o aumento da temperatura global em 1,5% nos próximos anos.
Para alcançar a meta de redução de 50%, serão colocadas 200 novas aeronaves, em substituição às antigas, com altas taxas de consumo, de forma a reduzir o uso de combustível fóssil. A cada dez dias está sendo recebida um avião novo, mais econômico. O grupo também investe na aquisição de combustíveis sustentáveis (SAF). O mais usado é feito de resíduos de óleo de cozinha e biogênico, que, embora três vezes mais caro, reduz em 80% as emissões de gás carbônico. Patrícia estima que a aquisição das 200 aeronaves representam 30 dos 50% das metas para 2030. Os 100%, na expectativa da empresa, devem ser alcançados no ano de 2050.
Atualmente, a Lufthansa é a maior compradora de SAF da Europa, adquirido na Finlândia. "Já compramos US$ 250 milhões adiantados. Conforme vai sendo produzido, vai sendo entregue. Mas essa produção ainda é muito restrita e cara. Essa quantidade comprada dá para apenas duas semanas de toda frota de 700 aviões", informou.
A produção europeia de combustíveis sustentáveis ainda é pequena, além de ter que ser dividida com toda a indústria, lamenta a executiva. "Estamos apostando que irá aumentar. O Brasil tem um grande potencial de produção de hidrogênio verde. Seria uma festa se pudéssemos comprar aqui", aponta a executiva.
Entre as metas, está ainda a substituição total dos talheres de plástico por de bambu até 2025. O grupo também está revestindo as aeronaves com uma película que produz menos atrito e, como consequência, diminui em 1,1% o consumo. Com mais de 400 subsidiárias e empresas associadas no mundo, a Lufthansa também adotou a intermodalidade. Em trechos curtos saindo dos principais hubs (Franckfurt e Munique, na Alemanha, Zurique, na Suíça, e Viena, na Áustria), foi feita uma parceria com a empresa de trens Deutch Bahn, com todas as mesmas vantagens para o usuário, como milhagem, por exemplo.